Desemprego atinge menor taxa em 13 anos
Foto: Reprodução/TV Brasil
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O país atingiu a menor taxa de desemprego desde 2012, com a índice de desemprego, segundo a PNAD, de 6,2% no trimestre de agosto a outubro. O número de trabalhadores empregados bateu o recorde de 103,6 milhões.
A alta foi impulsionada pela indústria e serviços. Os empregos informais representam 38,9%, com crescimento de trabalhadores sem carteira assinada.
Esta foi a menor taxa de desemprego da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
O trimestre anterior, encerrado em julho deste ano, havia registrado taxa de desemprego de 6,8%. Em outubro do ano passado, havia ficado em 7,6%.
A população ocupada (103,6 milhões) também atingiu recorde, ficando 1,5% acima da média do trimestre encerrado em julho e 3,4% superior a outubro.
A população desocupada recuou para 6,8 milhões, ou seja, 8% a menos (menos 591 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 17,2% inferior a outubro de 2023 (menos 1,4 milhão de pessoas). É o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
O rendimento real habitual do trabalhador ficou em R$ 3.255, ficando estável na comparação trimestral e crescendo 3,9% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 332,6 bilhões) cresceu 2,4% (mais R$ 7,7 bilhões) no trimestre e 7,7% (mais R$ 23,6 bilhões) no ano.
O desemprego atinge 6,8 milhões de pessoas. Houve recuo nas duas comparações: -8,0% (menos 591 mil pessoas) no trimestre e -17,2% (menos 1,4 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
A população subocupada por insuficiência de horas (5,1 milhões) não teve variação significativa no trimestre e caiu 5,8% (menos 314 mil pessoas) no ano. A população fora da força de trabalho (66,1 milhões) recuou 0,9% (-623 mil pessoas) no trimestre e 0,8% (menos 523 mil pessoas) no ano.
A população desalentada (3,0 milhões) foi a menor desde o trimestre encerrado em abril de 2016 (2,9 milhões), recuando nas duas comparações: -5,5% (menos 176 mil pessoas) no trimestre e -11,7% (menos 403 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados (2,7%) recuou 0,2% no trimestre e 0,4% no ano.
O número de empregados no setor privado (53,4 milhões) foi recorde, com altas de 1,9% (mais 995 mil pessoas) no trimestre e de 5,0% (mais 2,5 milhões de pessoas) no ano. O número de empregados com carteira assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) também foi recorde: 39,0 milhões. Houve alta de 1,2% (mais 479 mil pessoas) no trimestre e de 3,7% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano.
O número de empregados sem carteira no setor privado (14,4 milhões) também foi recorde, com altas de 3,7% (mais 517 mil pessoas) no trimestre e de 8,4% (mais 1,1 milhão de pessoas) no ano.
O número de empregados no setor público (12,8 milhões) foi recorde, ficando estável no trimestre e subindo 5,8% (699 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,7 milhões) ficou estável nas duas comparações. Já o número de trabalhadores domésticos (6,0 milhões) cresceu 2,3% (mais 134 mil pessoas) no trimestre e ficou estável no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 40,3 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7 % (ou 39,4 milhões) no trimestre encerrado em julho e 39,1 % (ou 39,2 milhões) no mesmo trimestre de 2023.
A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de agosto a outubro de 2024, chegou a 110,4 milhões de pessoas, novo recorde da série histórica, crescendo nas duas comparações: 0,9% (mais 989 mil pessoas) frente ao trimestre de abril a junho de 2024 e 1,8% (mais 2,0 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre móvel de 2023.
A análise da ocupação por grupamentos de atividade ante o trimestre de maio a julho de 2024 mostrou aumento em três grupamentos: Indústria Geral (2,9%, ou mais 381 mil pessoas), Construção (2,4%, ou mais 183 mil pessoas) e Outros serviços (3,4%, ou mais 187 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Frente ao trimestre de agosto a outubro de 2023, sete grupamentos cresceram: Indústria (5,0%, ou mais 629 mil pessoas), Construção (5,1%, ou mais 373 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,3%, ou mais 623 mil pessoas), Transporte, armazenagem e correio (5,7%, ou mais 316 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,5%, ou mais 563 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,4%, ou mais 802 mil pessoas) e Outros serviços (7,2%, ou mais 382 mil pessoas).
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE
Houve redução em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,3%, ou menos 446 mil pessoas) e estabilidade em dois grupos: Serviços domésticos e Alojamento e alimentação.
O rendimento médio mensal real habitualmente recebido no trabalho principal, segundo os grupamentos de atividade, ante o trimestre de maio a julho de 2024, cresceu em duas categorias: Transporte, armazenagem e correio (4,9%, ou mais R$ 146) e Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,2%, ou mais R$ 188). Os demais grupamentos não mostraram variações significativas.
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE
Frente ao trimestre de agosto a outubro de 2023, houve aumento em três categorias: Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,0%, ou mais R$ 102) Transporte, armazenagem e correio (6,6%, ou mais R$ 195) e Serviços domésticos (3,3%, ou mais R$ 38). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
A análise do rendimento médio mensal real por posições de ocupação em relação ao trimestre móvel de maio a julho de 2024 mostrou aumento na categoria de Empregado com carteira de trabalho assinada (1,5%, ou mais R$ 46) e estabilidade nas demais categorias.
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE
Frente ao trimestre de agosto a outubro de 2023, houve aumento em cinco categorias: Empregado com carteira de trabalho assinada (2,9%, ou mais R$ 86), Empregado sem carteira de trabalho assinada (7,8%, ou mais R$ 163), Trabalhador doméstico (3,3%, ou mais R$ 38), Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (3,0%, ou mais R$ 141) e Conta-própria (5,4%, ou mais R$ 136).
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), na manhã desta sexta-feira, 29.