EDUCAÇÃO

Reitor da Urcamp renuncia e deixa pendências para sucessor

O fato trouxe surpresa à comunidade acadêmica da Urcamp, já que foi grande o acirramento das últimas eleições e da disputa jurídica e política entre a chapa de Evanhoé a da antiga reitora Lia Quintana
Por César Fraga / Publicado em 8 de março de 2024
Reitor da Urcamp renuncia e deixa pendências para sucessor

Reitor renuncia e deixa pendências para sucessor

Ex-reitor Antônio Evanhoé Sobrinho, há um ano no cargo, renunciou em favor de seu vice, o professor Guilherme Bragança

Reitor renuncia e deixa pendências para sucessor

Neste início de semestre letivo, em meio à volta do fantasma da inadimplência no pagamento de acordos vigentes, o Centro Universitário da Região da Campanha (Urcamp) terá nova troca de comando na Reitoria.  A renúncia anunciada pelo reitor Antônio Evanhoé Sobrinho, há um ano no cargo, em favor de seu vice, o professor Guilherme Bragança, que assumiu o cargo no dia 1º de março. Evanhoé ficou obrigado a se desincompatibilizar da Urcamp para assumir docência no IFSul, que exige dedicação exclusiva.

O fato trouxe surpresa à comunidade acadêmica da Urcamp, já que foi grande o acirramento das últimas eleições e da disputa jurídica e política entre a sua chapa e a da antiga reitora Lia Quintana. O resultado da eleição, diante de uma espécie de empate técnico, teve de ser decidido por critérios controversos de desempate e de contagem de votos, com várias reviravoltas. A chapa de Lia chegou a ser declarada vencedora em um primeiro momento.

Foram meses de conflitos dentro e fora da esfera jurídica. O lance final (até agora) foi a demissão por justa causa da ex-reitora no ano passado. Ela se recusa a comentar o episódio. O caso também está na Justiça e deverá ter desdobramentos.

A transição da gestão de 2022 para 2023 foi tumultuada tanto na Reitoria como na sua mantenedora, a Fundação Áttila Taborda (FAT). Evanhoé também deia a presidência da FAT, que agora fica a cargo da professora Mônica Lourdes Palomino de Los Santos.

Apesar do otimismo do futuro ex-reitor, uma das marcas da nova gestão foi a volta dos atrasos salariais. E ele deixa para seu sucessor a responsabilidade de restituir a normalidade dos pagamentos pendentes da instituição com os docentes.

Segundo o Sinpro/RS, “há extensas pendências de verbas rescisórias, algumas, inclusive, de professores demitidos por esta gestão e de parcela de acordo firmado também por esta gestão”, explica Marcos Fuhr, diretor do Sindicato.

“Estamos bastante preocupados com o rumo que as coisas estão tomando e com grande expectativa de como será 2024. Fizemos um acordo depois de longa negociação para o equacionamento de pendências oriundas da gestão anterior e que vem sendo cumprido de forma muito espaçada e com muitos atrasos. Preocupam-nos especialmente as pendências de verbas rescisórias”, pondera Fuhr.

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