EDUCAÇÃO

Revista Textual: O futuro das cidades passa por práticas regenerativas

No destaque de capa desta edição, o ensaio 'A produção da catástrofe hidrogeoclimática e socioambiental no RS e a educação', do professor do Instituto de Geociências da Ufrgs Rualdo Menegat
Da Redação / Publicado em 7 de novembro de 2024
Revista Textual O futuro das cidades passa por práticas regenerativas

Foto: Igor Sperotto/ Arquivo Extra Classe

Cais Mauá encoberto pelas águas na enchente de maio deste ano, catástrofe analisadas em ensaio de capa da Textual

Foto: Igor Sperotto/ Arquivo Extra Classe

A tragédia climática, suas causas e consequências, são matéria de capa da 35ª edição da Revista Textual, em circulação desde outubro. A segunda edição de 2024 da Textual conta com tiragem de 3 mil exemplares, que estão sendo distribuídos aos professores interessados, associados ao Sindicato, e com a versão em PDF e Flip, disponível gratuitamente no site do Sindicato (sinprors.org.br).

No destaque de capa desta edição da Textual, o ensaio A produção da catástrofe hidrogeoclimática e socioambiental no Rio Grande do Sul e a educação, o professor do Instituto de Geociências da Ufrgs Rualdo Menegat estabelece cinco eixos estruturantes para abordar o desastre hidrogeoclimático que ocorreu no estado em maio.

De acordo com o autor, trata-se de um fenômeno complexo, influenciado pela questão climática que culminou com 800mm de chuvas em cinco dias; pelas configurações geográficas e geológicas; pelo escoamento superficial da água e erosão do solo facilitada pela desestruturação dos serviços ecossistêmicos; condições da infraestrutura do estado e da capacidade de respostas dos serviços essenciais; sistema de proteção contra inundações de Porto Alegre, e os planos de emergência durante a catástrofe.

“Conclui-se com a necessidade de se construir planos de gestão de riscos e uma educação continuada de prevenção de desastres, enfrentando o negacionismo climático”, alerta Menegat, que é Doutor em Ciências. Para ele, a estratégia para o futuro passa por práticas regenerativas e não pela reconstrução com base nas mesmas ideias prepotentes do século 20 que nos trouxeram até aqui.

Legislação ambiental e censura

Já a professora e pesquisadora da Universidade Feevale e doutora em Qualidade Ambiental, Danielle Paula Martins, aborda a catástrofe ambiental sob o ponto de vista do desmonte da legislação ambiental por gestores públicos, com o ensaio Os desastres não são naturais. “As decisões que tomamos como sociedade, com foco em resultados imediatos, geram um custo permanente, a exemplo das alterações nas legislações de proteção ambiental”, ressalta.

No terceiro ensaio desta edição, o professor, escritor e diretor do Sinpro/RS, Arthur Telló, discorre sobre o ato de censurar, desde a construção histórica dessa prática até as investidas contra livros e ideias na atualidade. “O que mobiliza os censores é o medo, o desejo de conservar suas posições de poder ou a combinação dos dois? Toda censura é obscena”, provoca.

Revista Textual O futuro das cidades passa por práticas regenerativas

Capa: Reprodução

Capa: Reprodução

Artigos de professores

Na editoria Dinâmica do meio educacional, o artigo (Re)pensar a educação na era da IA: governamentalidade algorítmica e transfiguração do conhecimento, do professor e doutor em Educação da PUCRS José Luís Ferraro faz uma importante reflexão sobre Inteligência Artificial no processo pedagógico.

Na editoria O professor e o mundo da escola, a importância da Sala dos Professores no contexto dos espaços de construção da docência no âmbito da escola é tema de reflexão do mestre em Filosofia pela PUCRS e professor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Marcos Kammer.

Completa essa editoria o artigo O perfil dos professores da educação infantil no ensino privado do RS, dos professores e diretores do Sinpro/RS Honor de Almeida Neto e Rodrigo Perla Martins.

Comentários