Preparações, passagens e encadeamentos harmônicos que remetem à Bossa Nova e rompem com certos limites da música popular brasileira. Essa a proposta do instrumentista e compositor Roberto Marques em seu recém-lançado Solilóquios, Colóquios e Qüiproquós. A partir de seus estudos de violão erudito e popular, ele construiu uma identidade musical em que essas duas vertentes convivem com naturalidade. Esse primeiro CD de Marques tem financiamento do Fumproarte, da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre. Recorre a sólidos conhecimentos sobre fundamentos da harmonia para explorar caminhos muito próprios. O resultado: música brasileira com incursões por gêneros como blues (Arremesso, E Agora), jazz, funk (Esquiva), baladas, modinhas (Companheiramente) e o samba em Ávido à Vida, Cantilena. Jogos fonéticos, inversões de sentido e trocadilhos completam o mosaico musical criado pelo autor. Marques, aliás, é um virtuose desde os 15 anos de idade, quando dava aulas de violão clássico na Faculdade de Música Palestrina. Ele também foi um dos fundadores do grupo de MPB Lato Senso. O CD Solilóquios… tem arranjos de Marcelo Nadruz e participação de Marisa Rotenberg, Leonel Schardong, Leo Bracht e Jorge Herrmann (voz), Mimo Aires (percussão), Miguel Tejera (baixo), Márcio Moraes (guitarra e violão), Roberto Porcher (teclado), Jeferson Dalmonte (bateria), Jonatan Dalmonte (gaita-ponto), Vinícius Silveira (flauta transversal e piccolo), Maurício Weimar (violino), Rodrigo Alquati (violoncelo) do próprio Roberto Marques na voz e violão.