Um incêndio ocorrido na madrugada do dia 16 maio destruiu o prédio B do Instituto Metodista Centenário de Santa Maria. A provável causa do incêndio seria um curto-circuito. Ninguém ficou ferido. O prédio abrigava salas de aula da Faculdade Metodista de Santa Maria (Fames), além de setores administrativos. O incidente deixou cerca de 1,3 mil universitários e 500 alunos da escola sem aulas durante 3 dias. As atividades já foram retomadas. O Colégio Centenário tem 86 anos, e a Fames completa nove anos de atividades. De acordo com a diretora-geral da Rede Metodista, professora Adriana Menelli de Oliveira, o incidente será superado e não atingirá as ações da instituição, como o processo seletivo de inverno, marcado para 17 de junho. Santa Maria é considerada cidade universitária, com grande número de estudantes, muitos deles habitantes de cidades vizinhas ao município.
MOÇÃO DE SOLIDARIEDADE – Durante o encerramento do 8º CEPEP – Congresso Estadual de Professores do Ensino Privado do RS, no dia 20 de maio, os professores participantes expressaram total solidariedade aos funcionários, professores, direção e comunidade escolar da instituição.
Os escândalos e os rearranjos do poder
Para o pesquisador da Universidade de Austin, no Texas, Manuel Balán, a América Latina é um berço de escândalos de corrupção, não por falhas de qualidade de sua representação política ou de suas instituições democráticas, mas porque a simples denúncia de um ato de corrupção tornou-se um instrumento na guerra por poder dentro das coalizões governistas. A partir deste pressuposto, prepara em sua tese de doutorado uma análise comparativa dos escândalos brasileiros com os da Argentina, onde nasceu, e os do Chile. Em sua pesquisa, Balán analisa 60 escândalos, a grande maioria envolvendo corrupção, que ocorreram no Brasil, Argentina e Chile entre 1990 e 2007.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico de 28 de maio, o pesquisador afirmou que a denúncia da corrupção é um mecanismo para manejar a percepção popular sobre uma determinada figura e permitir rearranjos de poder. “Há uma idéia dominante hoje de que instituições como a mídia, os órgãos da sociedade civil, o Judiciário, que garantem a accountability, ao funcionarem em uma sociedade democrática, trazem os escândalos à tona por meio de uma vigilância cada vez maior e sofisticada. Mas a minha hipótese é que todos os escândalos de caráter nacional estão mais relacionados com as dissensões internas das elites política e econômica, que buscam o que se chama de reshuffle no idioma inglês, algo como ‘rearranjo’ ou ‘reequilíbrio’. Busca-se o rearranjo de poder ou de influência”, explica.
Segundo ele, existia no Brasil, por exemplo, até 2005 um sistema de equilíbrio de poder dentro da coalizão de Lula, que foi mudado com o escândalo do mensalão, em razão das tensões internas. “É sempre um movimento interno que detona um grande escândalo de corrupção. O escândalo proporcionou uma troca do sistema de poder. Antes do escândalo, havia a presença maior do PT e de partidos como PTB e PR e uma presença menor do PMDB em relação à que se criou depois. Houve então o rearranjo. Agora o PMDB cresceu muito e é de se notar o fato de este partido estar no centro do escândalo da Operação Navalha. Veja que a primeira vítima foi um ministro do PMDB (Silas Rondeau, Minas e Energia). A Operação Navalha, que nasce dentro do Governo, pode provocar um novo rearranjo, com a diminuição do poder do PMDB” conclui.
MST exporta arroz ecológico
Assentados do Movimento Sem-Terra começaram a exportar arroz ecológico produzido nos assentamentos de Nova Santa Rita, Charqueadas, Viamão, Guaíba, Eldorado do Sul e Tapes. A primeira carga partiu do assentamento Lagoa do Junco, em Tapes, para os Estados Unidos no dia 15 de maio. O arroz é produzido sem nenhum agrotóxico e tem o certificado do Instituto de Mercadologia Ecológica de São Paulo. O arroz ecológico do MST também é vendido para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo federal, que atende escolas, hospitais e comunidades carentes. Na capital, o produto pode ser encontrado na loja da Reforma Agrária, no Mercado Público.
Uergs é discutida em audiência
Foi realizada no último dia 22, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, a Audiência Pública da Comissão de Educação, proposta pela deputada Leila Fetter (PP), para discutir a situação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). Representação do Sinpro/RS esteve presente na manifestação e expôs a necessidade de a Uergs tomar providências para capacitar sua estrutura física e melhorar as condições de trabalho; fazer parte de uma política de Estado e não de governante, com definição orçamento específico para a instituição; de exercer sua autonomia como universidade com o pressuposto básico de ter quadro definitivo via concurso público e eleições internas; a lei que criou a universidade estadual e os objetivos que a originaram e motivaram sua existência para que não fique ao belprazer dos governantes. Além disso, o Sindicato registrou a necessidade de se estabelecer as regras internas de condições de trabalho e salário via Acordo Coletivo, até agora não assinado, pelos reitores e governos que se sucederam. A Uergs é uma das poucas universidades estaduais a exercer um trabalho social de destaque em que 50% de suas vagas são destinadas a alunos de baixa renda e 10% para portadores de necessidades especiais.
REGISTRO
Senador destaca em pronunciamento
documento recebido da APAEPERS
Em ofício enviado ao Senador Paulo Paim, a Associação dos Professores Aposentados do Ensino Particular do Rio Grande do Sul (Apaepers) manifesta a necessidade do cumprimento dos direitos do idoso e pede mais atenção dos governantes à questão. Na carta, a Apaepers denuncia que recursos destinados à saúde têm sido constantemente transferidos a outras áreas. O senador destacou trechos do ofício como o que diz que o Estatuto do Idoso é um mecanismo legal para a implementação dos direitos, conforme consta do artigo 3º: “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade a efetivação do direito à vida, à saúde,…”. Paim ressaltou que a saúde deve ser prioridade.