EDUCAÇÃO

Novo alerta para a manutenção da qualidade do ensino privado

Publicado em 21 de março de 2007

As negociações entre o Sinpro/RS e Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado (Sinepe/RS) começam neste dia 6 de março, às 14h, em reunião na sede do sindicato patronal. A data-base dos professores do ensino privado é 1º de março, mas a campanha salarial começou na segunda quinzena de janeiro, quando professores e funcionários passaram a alertar a sociedade gaúcha, por meio de outdoors distribuídos em várias regiões do Estado, para o significado da retirada de direitos dos trabalhadores em Educação: o comprometimento da qualidade de ensino.

Manter os direitos dos professores e funcionários e o poder aquisitivo de seus salários, regulamentar as relações de trabalho na Educação a Distância e disciplinar a remuneração das atividades para além do trabalho em sala de aula são questões que estarão na mesa de negociação. “Mesmo que já tenham cobrado de pais e alunos anuidades per-centuais acima da inflação, as instituições tem barganhado a retirada de direitos dos professores e funcionários”, destaca Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS. “Não podemos mais permitir isso.”

Os professores pedem a reposição da inflação, indexada pelo INPC, cuja previsão é de aproximadamente 3%. A inflação acumulada até janeiro estava em 2,68%. O monitoramento do Diesse, Subseção Fetee/Sul, revela que as instituições de ensino mantêm a tendência de reajuste das anuidades escolares acima da Inflação. Neste ano, na Educação Básica, o reajuste médio foi de 5,34%; e na Educação Superior, 4,19%. No acumulado dos últimos dez anos (96/2006), as escolas de Educação Básica reajustaram suas mensalidades 27,55% acima da inflação; e a Educação Superior 27,92% acima da inflação.

O sindicato patronal está otimista neste ano e prevê crescimento do ensino privado em número de alunos. Em entrevista ao jornal Correio do Povo, no dia 15 de fevereiro, o presidente da entidade Osvino Toillier disse que a migração de alunos das instituições particulares para as estaduais não devem causar impacto no setor.

Comentários

Siga-nos