A mobilização dos professores da Universidade de Cruz Alta (Unicruz) pela atualização dos salários atrasados contou com a adesão dos funcionários da Universidade em paralisações e assembléias decisivas para que ambas as categorias obtivessem uma proposta de pagamento por parte da instituição. Depois de suspender as atividades no dia 13 de setembro e realizar assembléia em que foi rejeitada uma proposta de parcelamento dos atrasados, professores e funcionários fizeram uma mobilização histórica no dia 14.
Organizados pelo Sinpro/RS e Sinteep, professores e funcionários realizaram caminhadas, encontros e manifestações durante todo o dia. Os acessos ao campus foram fechados e a situação enfrentada pelos trabalhadores chegou ao conhecimento da comunidade. O movimento culminou em assembléia em que foi aprovada uma proposta da Reitoria para pagamento dos salários atrasados em parcelas. Também foi deliberada nova paralisação, com assembléia, no dia 10 de outubro. Na pauta, avaliação do cumprimento da proposta pela Universidade e análise do relatório preliminar de uma auditoria externa que está sendo feita nas contas da Unicruz por solicitação do Sindicato.
Além dos atrasos salariais, que para muitos professores persiste desde março deste ano, os docentes reivindicam mais transparência nas decisões da atual administração da instituição comunitária e o pagamento dos empréstimos bancários consignados. O Sinpro/RS obteve na Justiça do Trabalho uma tutela antecipada que impede os bancos credores de incluir nas listas de proteção ao crédito aqueles professores que aderiram aos empréstimos consignados. No acordo, a Universidade se comprometeu em quitar os salários atrasados, além de multas e demais débitos em parcelas até janeiro de 2006, em não demitir funcionários até dezembro deste ano, entre outras cláusulas. As primeiras cláusulas do acordo foram cumpridas com atraso pela instituição.