GERAL

Projeto da Reforma Sindical vai para o Congresso

Publicado em 16 de outubro de 2004

Depois de praticamente um ano e meio de idas e vindas e de negociações intermináveis no Fórum Nacional do Trabalho, que reúne representantes das centrais sindicais, empresários e governo, finalmente está pronta a proposta de reforma sindical que será encaminhada ao Congresso Nacional. A proposta já foi para a Casa Civil e deve seguir em breve para a Câmara Federal. A proposta de emenda à Constituição (PEC) e o projeto de Lei têm 130 artigos. Existe consenso sobre pelo menos 90% da proposta, mas nos 10% restantes o Governo entrou em campo para tentar mediar a partir do seu ponto de vista sobre questões como representação no local de trabalho e limitação do número de dirigentes com direito à estabilidade. Pelo projeto governista, as empresas com mais de 30 empregados podem ter representante sindical e nas que possuem acima de 200 pode haver um dirigente para cada 200 funcionários, porém com um limite de 20 por empresa, além disso, só é permitido 50 dirigentes com estabilidade por sindicato. Só que apenas os empresários ficaram felizes com a proposta, e esse é um ponto que vai causar muita chiadeira durante as votações. Um dos principais pontos de discórdia entre sindicalistas diz respeito à sistemática de arrecadação da contribuição sindical e ao fim da unicidade sindical. Esses dois pontos devem afetar bastante o cenário, pois permitirá a mais de um sindicato disputar uma mesma base, além de acabar com os menos representativos – sindicatos de fachada que vivem da contribuição compulsória e não necessariamente têm o que no jargão sindical chamam de legitimidade. A estimativa é que o novo sistema de contribuição gere 3,4 bilhões anuais aos sindicatos, valor bem acima dos 600 milhões arrecadados em 2002.
Arroubo de Campanha

Durante a campanha eleitoral muitos arroubos foram cometidos; um dos que mais chamou a atenção foi o de uma candidata a vereança, em Porto Alegre, que prometia nada mais nada menos do que a aposentadoria para as donas de casa. Nada contra a proposta, mas como se esse fosse um tema para ser discutido no âmbito municipal. Esqueceram de avisarà candidata que o pleito é para a Câmara Municipal e não para a Federal. Será que ela ainda não percebeu diferença, ou é a demagogia que não tem limites? O que resta é a confusão na cabeça dos eleitores que acabam sendo vítimas de uma campanha de desinformação.

Nazismo, pedofilia e preconceito no Orkut

Muito conhecido entre internautas brasileiros, o mundialmente badalado Orkut tem sido incensado na mídia e virou modinha entre jovens e modernos, por ser um dos maiores recursos internéticos para agregar comunidades e multiplicar usuários. Entre outras coisas, permite que amigos de infância se reencontrem depois de 30 anos e já se sabe de casos de parentes perdidos que puderam reencontrar suas famílias. Mas nem tudo é cor-de-rosa no Orkut, e nem todos usam o recurso para organizar sua festinha com a turma do ensino médio ou debater a situação desumana em que se encontram os animais que vivem nas ruas de Porto Alegre. O supermix de comunidades virtuais também tem seu lado sombrio. Além de grupos de amigos dos amigos dos amigos, há também comunidades virtuais nazistas, racistas ou que cultivam ódio a crianças, velhos, argentinos, nordestinos dentre outras vítimas.

Há quem entre no site para declarar seu desprezo pelos pobres, para divulgar idéias como “matar baianos” ou estuprar uma criança de 4 anos. O pior de tudo é que não se trata de comunidades isoladas, mas de grupos com dezenas ou até milhares de pessoas mostrando no site da vez o que a sociedade brasileira – ou aquela que tem acesso à Internet – possui de pior. Uma reportagem dos jornalistas Alceu Luís Castilho e Jéssika Torrezan para a o site da agência carta maior, no dia 22 de setembro, dá uma boa idéia do que acontece no Orkut. Vale a pena conferir o link da matéria na íntegra (clique aqui)

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