O II Congresso Mundial dos Aposentados, realizado na cidade mineira de Araxá, de 8 a 13 de junho, contou com a participação de autoridades, especialistas e dirigentes sindicais de diversos países. Promovido pela Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap), teve como objetivo impulsionar uma articulação internacional de aposentados para luta em defesa da Previdência e do direito à aposentadoria.
O encontro debateu questões como a situação dos diversos sistemas de Previdência frente à crise internacional, com destaque para a ameaça de nova contrarreforma previdenciária imposta pelo governo interino, que acena com a redução da idade mínima para aposentadoria e desvinculação dos benefícios ao salário mínimo, entre outras perdas de direitos, bem como a defesa da reativação do Ministério da Previdência, incorporado à Fazenda.
A Apaepers foi representada no encontro pelas diretoras Glória Bittencourt, Maria Lúcia Corrêa e Suzana de Paula Rosa. “Os aposentados e pensionistas são atingidos por perdas salariais, ameaça aos seus direitos e redução de rendimentos no Brasil e também em outros países, a exemplo da Itália, Argentina e México, que estavam representados no evento. No México, como acontece no Brasil, a luta é contra a reforma previdenciária proposta pelo governo que, entre outros retrocessos, estabelece como teto da aposentadoria o valor de 1,5 mil pesos mexicanos, ou seja, cem dólares”, avalia a diretora da Apaepers Glória Bittencourt.
De acordo com a dirigente, um dos 63 projetos prejudiciais aos direitos dos trabalhadores em tramitação no Congresso brasileiro é justamente o que propõe a reforma da Previdência, “que fixa a idade mínima de 65 anos para aposentadoria, desvincula o salário mínimo de todos os benefícios sociais, retira o aumento real vinculado ao PIB até dos aposentados que recebem um salário mínimo, redução pela metade das pensões por morte e aumento da contribuição dos trabalhadores, entre outros retrocessos”.