Vigília e ato contra pacote de Sartori e PEC 55
Nesta terça-feira, 29, a CUT-RS, sindicatos, servidores estaduais e movimentos sociais intensificaram vigília na Praça da Matriz, em Porto Alegre, em frente ao ao Palácio Piratini e Assembleia Legilativa, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/241 do governo Temer e contra o pacote do governo Sartori, ambos do PMDB. No final da tarde, às 17 horas ocorre um ato público, no mesmo local, com pronunciamentos em defesa dos serviços e do patrimônio público e contra a retirada de direitos dos trabalhadores. Também há forte mobilização em Brasília, para onde estudantes e representantes sindicais de todo o Brasil rumaram para pressionar os senadores a votar contra as medidas propostas pela presidência. Durante as ato em frente ao Senado a PM reprimiu fortemente a manifestação unificada . A marcha havia saído do Museu Nacional e caminhou pacificamente até o Congresso Nacional, ocupando todo o gramado. Sindicalistas e estudantes não foram autorizados a entrar nas galerias durante a sessão.
Foto: Midia Ninja/Divulgação
O Senado pautou a votação para esta terça-feira, em primeiro turno, da PEC 55/241, que congela os gastos públicos pelos próximos 20 anos em áreas como saúde e educação. Para ir ao segundo turno no Senado, a PEC 55, conhecida como a PEC da Morte, ou PEC 241, já aprovada na Câmara, requer o apoio de pelo menos três quintos dos parlamentares, ou seja, 49 dos 81 senadores. A votação em segundo turno está marcada para o dia 13 de dezembro.
Foto: Mídia Ninja/Divulgação
“Vamos alertar os senadores de que somos contra essa proposta, uma vez que retira dinheiro do orçamento da União que vai para os que mais precisam, especialmente os pobres, enquanto não mexe na gastança com o pagamento dos juros da dívida pública ao capital financeiro”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
Além de cobrar o voto contrário dos senadores, são organizados protestos contra o pacote do governador, anunciado no último dia 21, que prevê extinção de fundações, fim do plebiscito para privatizar a CEEE, Sulgás e CRM, demissão de servidores, escalonamento dos salários e pagamento da segunda parcela do 13º até novembro de 2017, entre outros ajustes.
Foto: Igor Sperotto
“Temos que pressionar também os deputados estaduais para impedir a aprovação dessas medidas defendidas pelas federações empresariais e por setores da mídia, que visam o desmonte do estado, a redução de direitos trabalhistas, a dispensa de servidores e a venda de fundações e estatais”, destaca Nespolo.
A mobilização conta com o apoio do Movimento Unificado dos Servidores (MUS), da Frente em Defesa das Estatais, das frentes Brasil Popular Povo sem Medo, dos movimentos sociais e das ocupações de estudantes.