ECONOMIA

Governo quer compensar perdas

Fabiana Mendonça / Publicado em 13 de abril de 2002

Para o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal não há divergência quanto ao valor da retenção: “Não concordamos é com o congelamento da tabela e o aumento da taxação de empresas prestadoras de serviço para compensar as perdas”. O aumento que sobe de cerca de 1% para 3%, renderá R$ 740 milhões aos cofres públicos.

O estudo da Unafisco mostra que o governo federal arrecadou com IR nestes seis anos R$ 14,4 bilhões – R$ 5,3 bilhões só no ano de 2001. “A classe média é a mais prejudicada no IR. Mas em relação ao conjunto de tributos, todo o povo acaba por ser prejudicado também”, alerta Paulo Gil. A Receita Federal anunciou no início do ano que o governo federal teve uma arrecadação tributária recorde no ano de 2001 de R$ 196,757 bilhões. Desse valor, a arrecadação com contribuições respondeu por cerca de 47% do volume total (desde 1998 as receitas com contribuições cresceram cerca de 25% ao ano).

Para Paulo Gil, nos últimos anos, a redução da tributação da renda do capital e a desoneração do grande latifúndio, mais o aumento da renda do trabalho e da tributação do consumo, acabam tirando mais de quem tem menos, penalizando ainda mais a classe média. O trabalho do Sindicato dos Auditores Fiscais destaca que “além do Brasil apresentar um dos mais elevados graus de desigualdade de distribuição de renda do mundo, o modelo de administração tributária existente no país é um dos maiores empecilhos ao desenvolvimento econômico, pois reforça as desigualdades sociais e, a partir de 01/01/95, aprofundou a regressividade, em busca de arrecadação fácil e de baixo custo”. Veja as tabelas 1 e 2

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