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Insulina sintética é produto alterado

Publicado em 19 de abril de 1999

Metade da soja plantada nos Estados Unidos é transgênica e, em quatro anos, o milho terá o mesmo percentual. A informação é do professor de biociências da UFRGS (universidade Federal do Rio Grande do Sul), Homero Dewes. Ele acha que a restrição do estado é absurda. “Isso é uma negação da liberdade de produção”, critica. Dewes, além disso, ressalta que os transgênicos podem ser úteis também na produção de insulina e de vacinas contra a hepatite e a gripe.

Diferente dos americanos, os europeus vêem com cautela os produtos modificados geneticamente. Marijane Lisboa, do Greenpeace, diz que a UE (União Européia) está fazendo rotulagem dos alimentos e, por pressão dos conusmidores, muitos países estão evitando importar soja modificada. Segundo ela, grandes cadeias de supermercado, como Carrefour, já se manifestaram contra a comercialização de transgênicos. Os importadores franceses estão exigindo do Brasil a comprovação de que a soja produzida aqui não sofre manipulação genética.

Por isso, o governo estadual, em parceria com a Cooperativa Tritícola de Três de Maio (Cotrimaio), pretende implantar um laboratório de identificação de DNA para plantas. A Cotrimaio mantém negociações com cooperativas francesas para a exportação de farelo de soja. A França suspendeu também novos plantios de transgênicos que utilizassem genes resistentes a antibióticos.

Na Austrália e Nova Zelândia, os alimentos importandos devem ser rotulados (ou seja, devem ter a natureza genética identificada). Na Áustria está proibida a importação de milho transgênico. Na Grécia, o plantio da canola transgênica está proibido. O governo inglês, em negociação com as indústrias de biotecnologia, solicitou que não sejam introduzidos genes de pesticidas e antibióticos nos próximo três anos nas experiências com grãos. Apesar dessas proibições, só de soja transgênica, segundo dados doo Monsanto, já são mais de 25 milhões de hectares no mundo.

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