Após seis rodadas de negociação entre Sinpro/RS e Sinepe/RS, o mês de maio começou sem uma proposta para acordo coletivo. Isso se deve ao fato de que no processo de negociação com vistas às Convenções Coletivas de Trabalho da educação básica e da educação superior, os representantes patronais têm insistido em acabar com a assistência do Sinpro/RS aos professores nas rescisões contratuais.
Os representantes do Sindicato dos Professores vêm resistindo a esta investida patronal. “É comum, no momento das rescisões, o Sindicato detectar prejuízos aos professores, que são resolvidos, em sua imensa maioria de forma negociada e administrativa, sem necessidade de recurso judicial. Não queremos que os professores sejam forçados a recorrer ao Judiciário para receber seus direitos rescisórios”, explica Amarildo Cenci, diretor do Sinpro/RS.
A partir dessa polêmica nas tratativas, o Sinpro/RS fez um levantamento junto à categoria para saber qual a posição dos professores sobre o assunto. A maioria, 87%, aprova a manutenção do Sinpro/RS na assistência aos docentes no momento das rescisões. “Ao nosso ver, a postura patronal nas negociações é uma contradição com as recentes mudanças na legislação trabalhista, em que prevalece o negociado sobre o legislado. Essa resistência tem sido um fator de atraso no processo de negociação”, ressalta o dirigente.
Diante desse impasse, o Sinpro/RS convocou uma assembleia de professores, realizada no dia 5 de maio, na qual foi compartilhada com a categoria a dificuldade nas tratativas e foram definidas políticas para a continuidade da negociação coletiva.