A Rio 92 e a Rio+20 foram realizadas no Riocentro e lançaram novos conceitos. Depois da primeira, o mundo começou a falar de desenvolvimento sustentável, hoje, em economia verde.
A semelhança acabam aí. A Rio 92 foi preparada com muito mais tempo e teve como resultado propostas ambiciosas, não apenas voluntárias, como a Agenda 21 e a Declaração do Rio, mas também duas convenções que viraram lei nos países signatários, a de mudança do clima e a de diversidade biológica. Já os resultados da Rio+20 deixaram a desejar. Outra diferença. “Os desastres ambientais sequer foram citados na Agenda 21 de 1992, e agora, na declaração final da Rio+20 a redução do risco de desastres é tratada em vários parágrafos”, lembrou Badaoui Rouhban, diretor da Unesco. Desde 1992, segundo a ONU, 4,4 bilhões de pessoas foram afetadas por desastres, 1,3 milhão morreram. Eventos climáticos extremos estão ficando frequentes.
“Na Rio 92, os ambientalistas e cientistas reunidos no Fórum Global discutiam todos os temas tratados na conferência oficial. Muitos documentos com propostas alternativas foram produzidos”, recorda Francisco Milanez, presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiental Natural (Agapan). O tema ambiental era assunto das ONGs ambientalistas e conservacionistas, os demais movimentos sociais muito pouco tinham a dizer sobre o tema. A Cúpula dos Povos mostrou que não é mais assim.