Consulta vai orientar reinício das aulas presenciais no RS
Foto: Magda Rabie/ PMT
Ao mesmo tempo em que alerta para o agravamento da pandemia de Covid-19 com risco alto de contágio para 46% da população, o governo do estado projeta a reabertura das instituições de ensino para o reinício das aulas presenciais. Com a proposta de elaborar uma solução coletiva e colaborativa para a volta às aulas de forma gradual e por etapas, o governo iniciou nesta quinta-feira, 2, uma consulta a 1.520 entidades representativas sobre a retomada presencial das atividades de ensino. Até o dia 12 de julho, serão recebidas sugestões sobre o retorno das aulas e protocolos de prevenção por meio de formulário eletrônico.
“Chegamos a anunciar um modelo para o retorno gradual do ensino presencial no estado, mas é evidente que, diante do momento crítico que estamos vivendo, não haverá aulas presenciais neste momento. Mas se o agravamento da pandemia gerou a necessidade de suspendermos o que inicialmente havíamos proposto, também nos trouxe uma oportunidade para aprimorarmos a proposta”, justifica o governador Eduardo Leite (PSDB).
Embora ainda não tenha uma data, o governo já definiu que o retorno das atividades presenciais será gradual e por etapas de ensino, a cada duas ou três semanas. No formulário enviado diretamente a cada entidade, são apresentados quatro cenários, começando pela educação e deixando por último o ensino superior, por exemplo, ou iniciando e finalizando com a educação infantil. No entanto, cada avaliador poderá apresentar um cenário próprio.
Arte: Seduc
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“É muita gente envolvida e, evidentemente, devemos ter todo o cuidado, porque significa uma grande circulação de pessoas nos deslocamentos e, em grande parte do tempo, que ficarão juntas e ambientes quase ou fechados. Mas, de outro lado, temos a preocupação porque estamos falando da formação dos adultos que queremos, do futuro das gerações”, destacou Leite.
Leany Lemos, coordenadora do Comitê de Dados, que coordena a consulta pública juntamente com as secretarias da Saúde e da Educação e o Gabinete de Crise, afirma que, dentre os 12 setores mapeados pelo Distanciamento Controlado, o da educação é o “mais complexo” em relação ao enfrentamento à pandemia.
Arte: Seduc
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O secretário da Educação, Faisal Karam, destacou que algumas entidades de ensino já vinham sendo ouvidas nesse processo de construção, mas que, agora, a consulta está sendo estruturada e amplificada.
“É um momento fantástico que o governo está proporcionando a toda a sociedade, afinal, são entidades que representam diferentes setores e olhares. Tenho certeza que estamos dando um passo importante, um grande avanço”, acredita.