As investigações sobre o assassinato do secretário de Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, no início de 2010, colocaram em rota de colisão a Polícia Civil e o Ministério Público. O inquérito policial concluiu que o crime teria sido um latrocínio, enquanto a promotoria sustenta que o assassinato foi crime político, apontando 11 réus entre mandantes e executores. No dia 23 de fevereiro, em depoimento de quase três horas ao MP, o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Ranolfo Vieira Júnior, teria admitido, segundo o promotor Eugênio Paes Amorim, que alguns pontos da investigação do assassinato do secretário partiram de “presunções” dos policiais. Santos, de 63 anos, foi morto a tiros no bairro Floresta em 26 de fevereiro do ano passado.