GERAL

Brasil teve 5% do PIB destinado à Educação

Publicado em 18 de dezembro de 2010

Levantamento do Ministério da Educação (MEC) apontou que o gasto público com o setor no Brasil, como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu de 4,7% para 5% entre 2008 e 2009. O investimento teve alta mais forte no nível básico (de 4% para 4,3%), enquanto foi registrada estagnação no Ensino Superior (aumento de 0,7%).

Com base nesses números, o MEC atualizou o cálculo de 2009 do gasto direto por estudante, que ficou em R$ 3.353 na média de todos os ciclos de aprendizado, valor que representa alta de 7,3% em relação a 2008. Na Educação Básica, o custo-aluno subiu 7,4%. Já o gasto individual no nível universitário teve expansão de 0,3%. Segundo o MEC, a distância entre o total per capita aplicado no Ensino Superior em relação à Educação Básica caiu de 11,1 vezes para 5,2 vezes nos últimos dez anos. O Brasil está em linha com os países desenvolvidos, recomendação feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Professores e famílias modernas
Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) coloca em xeque a capacidade de profissionais da Educação em lidar com o modelo de família atual, distante da formação tradicional com pai, mãe e filhos. Segundo levantamento recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o tradicional arranjo familiar caiu de 62,8% do total de famílias, em 1992, para 49,9%, no ano passado. No mesmo período, o número de famílias compostas por mãe com filhos aumentou de 12,3% para 15,4%, enquanto a quantidade de famílias de pais com filhos cresceu de 1,6% para 2%. O estudo qualitativo foi resultado de entrevistas com diretores e professores de duas escolas urbanas voltadas para o ensino de 1ª a 4ª séries.

Mais crianças em escolas particulares
Das 5,5 milhões de crianças de zero a 14 anos matriculadas em escolas particulares no Brasil, mais de 3,7 milhões pertencem às famílias das classes C, D e E, segundo dados do instituto Data Popular, cruzados com informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007. Crianças e jovens da classe C já são responsáveis por 49,2% das matrículas. As da classe D representam 19,1% do total e as da E, 0,6%. A Educação Profissional também teve incremento, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). A entidade aponta que em março de 2004 12,56% da população em idade ativa das seis principais metrópoles brasileiras havia concluído cursos profissionalizantes. Em março de 2010, essa parcela tinha saltado para 22,05%, o que representa um número de alunos formados 75,6% maior do que seis anos antes.

IBGE aponta 12,3% de crescimento da população
A população brasileira é de 190.732.694 pessoas, segundo o resultado do Censo 2010, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dia 29 de novembro. Em relação ao Censo 2000, a população brasileira cresceu 12,3% em uma década, o equivalente a 20,9 milhões de brasileiros. O crescimento foi inferior aos 15,6% verificado na década anterior (1991 a 2000). A população é ainda mais urbana do que há dez anos.

Em 2000, o IBGE apurou que 81% dos brasileiros viviam em cidades, contra 84% em 2010. A Região Sudeste continua sendo a mais populosa do Brasil, com 80.353.724 pessoas, embora tenha perdido participação na última década, de 42,8% para 42,1% da população brasileira.

O Rio Grande do Sul registrou o menor crescimento de população, passando de 10.187.798 em 2000 para 10.695.532 em 2010, um aumento de 4,98%. Em Porto Alegre, que segue como a cidade mais populosa do estado, foram registrados 1.360.590 pessoas, um crescimento de 3,63% em relação ao último Censo. O número de domicílios na capital é de 502.155.

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