Os desafios do futuro governo gaúcho: é possível fazer mais
Ilustração: Pedro Alice
Ilustração: Pedro Alice
Diante desse desafio surge uma questão prática: o que pode fazer essa fração do Estado brasileiro? Quais são seus limites e possibilidades para empreender um projeto ambicioso como o acima descrito? Na verdade, o Estado “regional” possui um conjunto de recursos representados pelo orçamento público, por uma estrutura administrativa-burocrática (secretarias, autarquias, fundações e estatais) e por instituições de crédito (Banrisul, Caixa RS e parte do BRDE).
Com esses recursos o Estado deve cumprir suas competências constitucionais de prestação de serviços nas áreas de educação, saúde, segurança, cultura, além de prover uma parte da infraestrutura de transportes, energia e saneamento. Na área dos serviços básicos (educação, saúde e segurança) há duas metas a perseguir, a universalização e a melhoria da qualidade no atendimento ao público.
Os limites estabelecidos pelos recursos (orçamentários, administrativos e de intermediação financeira) podem ser superados pela ação política de articulação com a União Federal, objetivando aumentar os investimentos dessa esfera de Governo no âmbito do território gaúcho. É relevante também a cooperação com os Governos Locais em projetos de interesse municipal e/ou regional. Se o Governo que entra conseguir imprimir um movimento que articule o conjunto de recursos que dispõe com os de outras esferas de poder (União e Municípios) estará criando um ambiente extremamente propício à expansão dos investimentos privados.
Essas condições permitem incluir, crescer e distribuir, combinando políticas de fomento às cadeias produtivas locais prioritariamente com a atração de grandes investimentos externos que venham contribuir para a diversificação da matriz produtiva do Rio Grande do Sul.