Fundação Ecarta: dois anos promovendo a cultura doadora
Foto: Igor Sperotto
Foto: Igor Sperotto
Afinal, no dia 27 deste mês é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos, período em que são intensificadas as campanhas e a conscientização da sociedade sobre esse tema.
E este especial tem por objetivo mostrar o quanto a doação de órgãos e tecidos, literalmente, não apenas muda vida das pessoas, mas também devolve a condição de viver a quem necessita dessas doações.
Para tanto, ouvimos especialistas, pacientes, transplantados, organizações e pessoas engajadas no propósito de conquistar corações e mentes em prol desta causa.
Ecarta: dois anos promovendo a cultura doadora
A coordenadora do projeto Cultura Doadora, Glaci Salusse Borges, faz um balanço do período e considera um marco a aceitação da Cultura Doadora nas instituições de ensino superior.
“Este ambiente revelou uma receptividade maior, o que é muito positivo, pois traz a perspectiva de ganhos entre futuros professores, sabidamente um público que, além de multiplicador de informação, é formador de opinião”, justifica.
Já foram feitos trabalhos com alunos e professores da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Ulbra de Guaíba, Universidade de Caxias do Sul (campus Vacaria), IPA e Colégio Militar.
“Em termos de audiência, já ultrapassamos a marca de 5 mil pessoas. Muitos, nesse universo, nunca tinham ouvido falar do assunto”.
Segundo Glaci, falar sobre o tema morte ainda é um tabu em nossa sociedade. O assunto é muito pouco presente na cultura do imediatismo em que vivemos. “Muitas pessoas são resistentes ao debate, daí a obrigatoriedade de uma abordagem sistemática. Há ainda muito preconceito. É importante tratar o tema desde muito cedo e o ambiente escolar é propício para isto”.
Em 2015, o projeto Cultura Doadora pretende sensibilizar mais gente para esta causa, “que é de vida”. Estamos estreitando cada vez mais as relações com o mundo médico, com especialistas que podem falar com propriedade sobre o tema doação de órgãos e tecidos.
O próximo passo é reunir intermediários do mundo da escola com esses protagonistas para que o assunto seja disseminado no meio escolar.
“É preciso deixar claro que não se trata de uma campanha pontual, com prazo de validade. Trata-se de um projeto de fôlego, sem prazo para terminar. Estamos falando de mudança de cultura, em quebra de preconceitos e de paradigmas e isto deve durar o tempo que for necessário”, destaca.
No site da Ecarta, informações sobre o assunto e propostas de abordagem em sala de aula.