SAÚDE

Fundação Ecarta: dois anos promovendo a cultura doadora

Da Redação / Publicado em 12 de setembro de 2014

Ecarta: dois anos promovendo a cultura doadora

Foto: Igor Sperotto

Foto: Igor Sperotto

Em setembro de 2012, o Jornal Extra Classe publi­cava a primeira edição do Caderno Especial Doação de Órgãos e Tecidos, por ocasião do lançamento do projeto Cultura Doadora, da Fundação Ecarta, com apoio do Sinpro/RS. Desde então, muita coisa acon­teceu, e cá estamos, novamente em setembro, com um novo caderno.

Afinal, no dia 27 deste mês é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos, período em que são intensificadas as campanhas e a conscien­tização da sociedade sobre esse tema.

E este especial tem por objetivo mostrar o quanto a doação de órgãos e tecidos, literalmente, não apenas muda vida das pessoas, mas também devolve a condição de viver a quem necessita dessas doações.

Para tanto, ouvimos especia­listas, pacientes, transplantados, organizações e pessoas engajadas no propósito de conquis­tar corações e mentes em prol desta causa.

Ecarta: dois anos promovendo a cultura doadora

A coordenadora do projeto Cultura Doadora, Glaci Sa­lusse Borges, faz um balanço do período e considera um marco a aceitação da Cultura Doadora nas instituições de ensino superior.

“Este ambiente revelou uma receptividade maior, o que é muito positivo, pois traz a perspectiva de ganhos entre futuros profes­sores, sabidamente um público que, além de multiplicador de informação, é forma­dor de opinião”, justifica.

Já foram feitos trabalhos com alunos e professores da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Ulbra de Guaíba, Universidade de Caxias do Sul (campus Vacaria), IPA e Colégio Militar.

“Em termos de audi­ência, já ultrapassamos a marca de 5 mil pessoas. Muitos, nesse universo, nunca tinham ouvido falar do assunto”.

Segundo Glaci, falar sobre o tema morte ainda é um tabu em nossa sociedade. O assunto é muito pouco presente na cultura do imediatismo em que vivemos. “Muitas pessoas são resistentes ao de­bate, daí a obrigatoriedade de uma abordagem sistemática. Há ainda muito preconceito. É importante tratar o tema desde muito cedo e o ambiente escolar é propício para isto”.

Em 2015, o projeto Cultura Doadora pretende sensibilizar mais gente para esta causa, “que é de vida”. Estamos estrei­tando cada vez mais as relações com o mundo médico, com especialistas que podem falar com propriedade so­bre o tema doação de órgãos e tecidos.

O próximo passo é reunir intermediários do mundo da escola com esses protagonistas para que o assunto seja disseminado no meio escolar.

É preciso deixar claro que não se trata de uma campanha pontual, com prazo de validade. Trata-se de um projeto de fôlego, sem prazo para terminar. Estamos falando de mudança de cultura, em quebra de preconceitos e de paradigmas e isto deve durar o tempo que for necessário”, destaca.

 

No site da Ecarta, informações sobre o assunto e propostas de abordagem em sala de aula.

Acesse o caderno completo.

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