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O estado de greve deflagrado pelos professores da Uergs no dia 26 de março, que perdurou até o dia 31, repercutiu amplamente na imprensa gaúcha e chamou a atenção da opinião pública para a situação de crise da instituição. Unidades sem água, sem luz e a falta de professores têm sido a rotina na Universidade. Apenas 96 docentes atendem mais de 3 mil alunos em 24 localidades. Há profissionais que viajam de 500 a 1.000 quilômetros por semana para lecionar para diversas turmas longe das regiões onde estão concursados e fora das disciplinas em que atuam.
Em assembleia realizada no dia 31 de março, os professores suspenderam temporariamente a greve, a partir do pedido da Casa Civil para que o movimento desse um voto de confiança na retomada das negociações. A paralisação foi interrompida, apesar do temor dos professores de que se tratasse de mais uma manobra do governo, que só aceitou negociar no dia 5 de abril, véspera do prazo limite para publicação de reajustes salariais pelo poder público em cumprimento à Lei Eleitoral.
Até o fechamento desta edição, em 1º de abril, os professores estavam em assembleia permanente e com a possível retomada da greve condicionada ao resultado da negociação do dia 5 de abril com o Gabinete de Assessoramento Especial (GAE). Não havendo definição até dia 6 de abril, deixa de existir tempo hábil para vigorar os reajustes, uma vez que a Lei Eleitoral só permite reajustes no setor público seis meses antes e depois da data do pleito. Já o prazo para contratações é de três meses antes e depois da eleição. Caso não haja solução negociada, o movimento entende que em agosto pode não haver mais do que 60 professores na Uergs, inviabilizando a oferta de ensino na instituição.
PAUTA – Os docentes levaram para o GAE a seguinte proposição e pauta: reposição de 9,92%, implementação de Plano de Carreira já aprovado, cumprimento do Termo de Compromisso que garante a certificação dos diplomas, gratificação de 15% pela falta de Plano de Carreira; solução emergencial para problemas nas unidades, publicação do Regimento Geral da Universidade já aprovado e nomeação dos diretores regionais.
MOBILIZAÇÃO – Com a Uergs totalmente paralisada, o movimento dos professores contou também com o apoio dos alunos. Uma das iniciativas dos docentes foi a Aula na Praça Matriz, em frente ao Palácio Piratini (foto), realizada com a presença dos estudantes e que chamou a atenção da população e autoridades. No dia 30, ocorreram audiências com a Comissão de Educação e com a presidência da Assembleia Legislativa, além do Conselho Estadual de Educação (CEEd).
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