Professores definem reivindicações
A reunião inaugural de negociação entre o Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) e o Sindicato patronal (Sinepe/RS) ocorrerá no dia 10 de março, em Porto Alegre, quando será fechado o cronograma das rodadas de negociação (datas e horários para as duas comissões: educação básica e educação superior). Neste ano, o Sinpro/RS inaugurou um processo mais compacto para a campanha salarial, com maior aproximação das etapas. A pauta de reivindicações, que tradicionalmente era entregue ao Sindicato patronal no final do ano anterior, agora está sendo definida no início do ano letivo, próximo ao início das negociações.
Foto: Igor Sperotto
Para a definição da pauta, o Sindicato está mobilizando os professores em 40 encontros realizados entre os dias 26 de fevereiro e 11 de março em 21 municípios, de forma segmentada por nível de ensino. Até o fechamento desta edição do Extra Classe, dentre os pontos mais discutidos na assembleia estão o reajuste salarial e a remuneração de todo o trabalho realizado pelo professor. “Acreditamos que este seja o melhor momento para transformar expectativas em reivindicações e dar início à Campanha Salarial”, afirma Flavio Henn, diretor do Sindicato. Para a direção do Sinpro/RS, no reinício das atividades letivas, após o descanso das férias, reafirma-se o vínculo individual e coletivo dos professores com a sua instituição empregadora, assim como também são renovados os compromissos e expectativas em relação ao trabalho e à condição profissional.
MONITORAMENTO – O Sindicato dos Professores acompanha, anualmente, o reajuste das mensalidades praticado pelas instituições de ensino. Em 2015, o reajuste médio das mensalidades na educação básica está em 9,47% e na educação superior em 9,09%. Para a direção do Sinpro/RS, o reajuste das mensalidades reflete o momento econômico vivido pelas instituições de ensino. “Deveria refletir também no salário dos docentes”, acentua Henn.
MOBILIZAÇÃO – As negociações salariais com o Sinepe/RS têm sido marcadas, segundo o Sinpro/RS, pela má-vontade e a resistência patronal em melhorar salário e condições de trabalho. “A direção do Sinpro/RS tem expectativa de que em 2015 a mudança do período de definição das reivindicações seja apenas uma inovação, que somada ao apoio, presença e participação dos professores, farão a diferença no resultado final da campanha salarial”.