EDUCAÇÃO

Professores da Fundação Liberato paralisarão no dia 8 de novembro

A ação pretende alertar a sociedade sobre os prejuízos causados pela falta de concurso público e pelas perdas salariais dos servidores que já se aproximam dos 18%
Da Redação / Publicado em 7 de novembro de 2023
Professores do Liberato paralisarão no dia 8 de novembro

Foto: Igor Sperotto

Professores e funcionários vem pedindo negociações ao governo do estado desde o começo de 2023

Foto: Igor Sperotto

Os professores da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, em Novo Hamburgo, farão uma paralisação nesta quarta-feira, 8 de novembro, durante os três turnos. A concentração dos docentes será a partir das 9h, em frente à administração da instituição. A ação pretende alertar a sociedade sobre os prejuízos causados pela falta de concurso público e pelas perdas salariais dos servidores, que somam 18%. Atualmente a escola tem cerca de 3 mil estudantes, 80 funcionários e mais de 200 professores.

O último concurso foi realizado em 2019 e, de acordo com o professor Daniel Vieira Sebastiani, diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro/RS) e presidente da Associação de Docentes da Fundação Liberato (ADLiberato) foram oferecidas poucas vagas na ocasião. “Ainda não há falta de professores, mas isso ocorrerá a curto prazo, uma vez que muitos profissionais têm deixado a Fundação e outros pretendem deixar a instituição nos próximos períodos”, explica.

“A ideia da paralisação visa pressionar o governo do Estado para que comece a negociar efetivamente com os docentes a reposição dos 18% de perdas salarias acumuladas. Nossa data-base é março e de lá para cá eles nos ofereceram zero porcento de reajuste. Por isso, estamos mostrando nosso descontentamento. Já temos uma reunião com representantes do governo agendada para o dia 9 de novembro, quinta-feira e esperamos que le nos apresentem algum índice de reposição”, pondera o sindicalista

Outro ponto destacado por ele é a reivindicação de concurso público para repor o quadros mais antigos, que são professores em fase de aposentadoria. “Como a Fundação não pode fazer contratos emergenciais, conforme sua própria lei orgânica, a escola precisa poder contar com uma base de concursados. E hoje isso não existe”, explica.

A campanha pela realização de concurso público iniciou em 2021 e vem se intensificando nos últimos anos.

O movimento dos professores ainda busca tornar público o descaso do Governo Estadual com uma das mais importantes instituições do Rio Grande do Sul. Fundada em 1.967, a Fundação Liberato tem mais de 3 mil alunos em cursos técnicos e educação profissional.

Os professores fizeram um protesto durante a 38ª Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia  contra o governo do Estado,  também sob o mote do reajuste de salários e novas contratações.

CONCURSO – Existe um pedido de abertura de concurso público no Grupo de Assessoramento Especial (GAE) da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Mas o processo não avança, segundo o diretor-executivo da Fundação Liberato, Ramon Hans, porque há outro procedimento parado na Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Trata-se do Programa de Demissão Incentivada (PDI), que teria, ao menos, 103 funcionários da Liberato interessados.

 

 

 

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