Rede de fake news na Amazônia fragiliza relação dos povos com a floresta
Foto: Christian Braga/ Greenpeace
Pelo menos 70 páginas difusoras de fake news nas redes sociais estão atuando nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima e Tocantins com um enfoque que tem potencial para impactar a relação de suas populações com a floresta.
É o que está registrado em uma série de dados inéditos compilados pelo coletivo Intervozes e que serão apresentados, junto com o Instituto Vero, nessa terça-feira, 23, na Câmara dos Deputados.
O levantamento será apresentado no seminário Mentira que (Des)Mata: os impactos da desinformação sobre a Amazônia e as políticas climáticas e ambientais.
Para as organizações, há risco de a desinformação contribuir para o agravamento do desmatamento na Amazônia.
São mentiras que seguem na contramão de aferições científicas como as do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Essas informações falsas induzem a população a acreditar que as estatísticas oficiais sobre o desmatamento estariam “distantes da realidade” e que o bioma “não pega fogo”.
Também circula a desinformação de que em pleno governo Bolsonaro o Brasil seria o país que mais conservava seu meio ambiente.
Na ocasião do seminário, será disponibilizado aos membros do parlamento o relatório Amazônia Livre de Fake.
Nele, é feita uma análise de 206 conteúdos on line produzidos por sites que se dizem noticiosos, mas costumam publicar mentiras para a população local e formam uma rede de fake news que fragiliza as relações na região.
Do total, 10% dos conteúdos fazem referência à Amazônia legal. fragiliza
Além de lideranças da região da floresta Amazônica, participarão do seminário o relator do PL das Fake News, Orlando Silva (PCdoB/SP) e a ministra dos Povos Originários, Sonia Guajajara (PSol/SP).