CULTURA

Arte na Escola

Publicado em 21 de outubro de 2001

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Foto: René Cabrales

Foto: René Cabrales

A Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul está disponibilizando às escolas públicas e privadas do Rio Grande do Sul o Projeto Pedagógico da 3ª Bienal do Mercosul. O trabalho divide-se em capacitação dos professores e fornecimento de material didático para ser trabalhado em sala de aula, como as técnicas utilizadas para a produção da arte contemporânea e reproduções das obras dos artistas que estarão na terceira edição da mostra (confira matéria ao lado), que acontece de 15 de outubro a 16 de dezembro, em Porto Alegre.

O trabalho deve habilitar e aprimorar os professores de Educação Artística para que eles possam trabalhar e analisar em aula a arte contemporânea abrangida pela 3ª Bienal. Essa habilitação está se dando por meio de um programa cultural que inclui uma série de oficinas oferecidas pela Coordenação Pedagógica da Fundação. As primeiras tiveram início no mês de setembro e já estão marcadas outras para início de outubro. “Dependendo da demanda, realizaremos mais oficinas durante este mês”, declara Margarita Kremer, coordenadora do projeto. Nestas oficinas, compostas de três turnos/dia e ministradas por Ana Flávia Fincki, também coordenadora do projeto, estão sendo abordadas questões pedagógicas e maiores esclarecimentos sobre o evento.

A Coordenação está disponibilizando ao professor um material instrucional para ser trabalhado em sua escola, comunidade ou região, composto de 11 lâminas (cada uma sobre um artista escolhido de cada país), além de 11 folders com sugestões didáticas de como trabalhar com os alunos e referências bibliográficas. Todos os artistas e técnicas presentes neste material reproduzem o universo da 3ª Bienal e serão levados para dentro da sala de aula, abrindo um canal de discussão sobre as técnicas utilizadas e os sentidos dados à arte do novo milênio. “Com isso, as aulas de Educação Artística darão um novo incentivo para os alunos se expressarem dentro das técnicas da arte contemporânea. As escolas poderão adquirir esse material por meio de ofício de sua diretoria ou biblioteca e poderão buscar na Sala do Professor, localizada no prédio da Fundação Bienal.

“Queremos estender e democratizar a educação relacionada à arte”, define Margarita. “Para isto oferecemos também as visitas agendadas para turmas”. Essas visitas já podem ser agendadas junto à Fundação Bienal e elas terão monitores que recepcionarão e orientarão os grupos, proporcionando processos de mediação com as obras, reflexões e interpretações das criações artísticas. O próprio professor pode elaborar roteiros e agendar suas turmas conforme a relevância dos temas para sua aula. As visitas são a maneira de colocar o aluno frente aos diversos modos de expressar a arte atual e pode ser um estímulo para muitas pessoas trabalharem nessa área.

O Projeto Pedagógico foi criado pela Fundação Bienal na primeira edição da mostra em 1997. “Nosso objetivo é capacitar os professores de todos os níveis para atuarem em sala de aula, incentivando os alunos a se expressarem artisticamente”, explica a coordenadora do Projeto, Margarita Kremer.

A coordenação já entrou em contato as secretarias Municipal e Estadual de Educação para estabelecer um diálogo com os diretores e coordenadores culturais das instituições de ensino privadas e públicas. Essas reuniões servem para explicar o evento e sua importância no contexto das grandes mostras internacionais, além de aproximá-lo do mundo estudantil.

O Projeto Pedagógico não pretende se limitar somente às oficinas e visitas. Conforme Margarita Kremer, a Fundação quer acompanhar o trabalho que será feito em sala de aula. Já foram realizadas algumas visitas às instituições para apresentar o projeto e poderão ser feitas outras. O retorno mais forte será através de relatórios sobre o andamento do projeto junto aos alunos.

Nos dias 25 e 26 de outubro, a Fundação Bienal ainda estará realizando o Seminário Diversos Olhares, junto ao Fórum Mundial de Educação. Este evento também servirá para discutir a arte na sua expressão mais ampla, não somente limitada à contemporaneidade. “Será outro canal que teremos com os professores para abrirmos o leque de alternativas a serem estudadas em Educação Artística junto aos alunos”, esclarece Margarita.

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