CULTURA

Formando público para as artes plásticas

Publicado em 19 de novembro de 2001

Esse foi um dos motivos da criação de um curso sistemático de preparação de monitores criado por Ecléa Cattani para a atual edição. “É uma atividade conjunta que faz parte do primeiro acordo que a UFRGS estabeleceu com a Fundação Bienal,” diz ela. “Da parte da UFRGS há o interesse pela formação, uma formação que não se limita à universidade mas como forma de colaboração para a formação de um público mais amplo, seja em que área for.” Ecléa afirma a necessidade de cuidar para que a universidade não perca de vista este vínculo com a comunidade. “A criação do curso de preparação de monitores visou qualificar ainda mais a relação da Bienal com o público. É preciso que a Bienal seja não só visitada por muita gente mas que se torne um elemento efetivo de ligação entre um público mais amplo com a arte contemporânea.”

É mais necessário aprender a olhar e não tentar responder a todas as questões

Foto: René Cabrales

É mais necessário aprender a olhar e não
tentar responder a todas as questões

Foto: René Cabrales

Uma arte difícil de ser absorvida, segundo a própria Ecléa. “A questão essencial é que a arte contemporânea é difícil até para os especialistas, quanto mais para o público. O que é mais necessário é aprender a olhar, a colocar questionamentos e não tentar responder questões. O público geralmente quer respostas e fica inseguro quando não consegue entender a que prateleiras pertencem essa ou aquela obra. Mas o importante é demolir essas prateleiras. Se o público sair da visita cheio de questões, sai ganhando, sabendo da importância de aprender a olhar.”

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