CULTURA

Arte e educação na Bienal

Publicado em 21 de abril de 2007

A 6ª Bienal do Mercosul, que ocorre de 1º de setembro a 18 de novembro, terá este ano ampla programação por parte da curadoria pedagógica, sob a coordenação do professor Luís Camminitzer. Além do Simpósio Terceira Imagem; Educação para a arte / arte para a Educação com encerramento neste início de abril, estão programados encontros com professores em todo o Estado e um Simpósio Internacional de Arte e Educação.

Segundo Mônica Hoff, produtora do Projeto Pedagógico, desde 2006 a coordenação do evento realizou encontros quinzenais com a Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre para traçar e discutir as ações pedagógicas da 6ª Bienal. “O simpósio, o curso de mediadores, a distribuição do material educativo foram pensados a partir dessas relações.”
Entre os meses de maio e agosto, serão promovidos encontros em 30 cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina para a apresentação do Projeto Pedagógico da Bienal, do material educativo e dos exercícios pedagógicos. Para outubro, está programado o Simpósio Internacional de Arte e Educação, e tem como público-alvo professores, artistas e estudantes. Todas as informações estarão na internet, na página http://www.bienalmercosul.art.br/.

Diplomacia cultural

Extra Classe – Em que medida a bienal pode ser considerada uma ação de cunho diplomático cultural, através da qual os povos latino-americanos passam a se conhecer melhor?
Luís Camminitzer – Esta Bienal do Mercosul está fazendo um esforço de circulação para que pelo menos parte dela vá a diferentes países. Há também muitos materiais que estarão disponíveis na Internet para aumentar a difusão. Embora não possa substituir a experiência direta com as obras, pelo menos permite compartilhar alguns dos trabalhos.

EC – Em sua palestra na cerimônia de lançamento da Bienal, o senhor disse que a arte tem a função de solidificar identidades e pertences culturais. Como avalia a identidade e expansão da arte latino-americana?
Camminitzer – Não se trata de unificar a América Latina em uma linguagem formal unificada, senão ajudar a compartilhar os processos criativos ajustados a uma percepção acertada das necessidades comunitárias e continentais. A expansão se produz na zona de sistemas e metodologias. A identidade não é um ponto de partida, senão um resultado. Quando é um ponto de partida, somente se atinge uma arte ilustrativa. Quando é um resultado, é uma expressão autêntica.

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