Neste curto ensaio, Emmanuel Tugny examina a noção de sideração como condição de entrada no mundo, como figura de uma renúncia feliz do Ser filosófico, como condição, também, da aprendizagem do amor, do político, do gesto estético e da morte. A essa reflexão, responde uma narrativa cursiva que ilustra o propósito pelo exemplo, aquele do jornal de bordo inventado do oficial Hiroo Onoda (espião japonês que, não tendo acreditado no armistício, continuou o combate na ilha filipina de Lubang, entre 1945 e 1974). Sideração! (Editora Sulina) é um texto híbrido que, em forma de apologia, faz da fábula um lugar de elucidação, e do processo crítico uma via de retorno feliz às coisas, uma fábula aberta defendendo um imanentismo radical, inclusive estético, cujo objeto de estudo seria uma condição.