Pelas páginas de Erico Verissimo
Foto: Arquivo Nacional/Reprodução Foto: Arquivo Nacional/Reprodução
Erico ainda era vivo quando saiu a coletânea Contador de histórias (Globo, 1972), sobre sua vida e trajetória de escritor, com textos de acadêmicos, escritores e críticos literários, trabalho que se antecipou a uma proliferação de estudos críticos das últimas décadas. Àquele elenco reunido por Flávio Loureiro Chaves, veio se juntar depois o nome de Maria da Glória Bordini, cuja dedicação à obra de Erico Verissimo se tornou notória, sendo responsável por inúmeros estudos e preservação do arquivo literário.
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Ao pesquisador de arquivos e jornais, distante da historiografia e temáticas sul-rio-grandenses, o livro contribui como registro da vivacidade que o jornalismo carrega para dentro da literatura e/ou que a literatura resgata do jornalismo, do bom jornalismo. E também pela forma como o autor recoloca a história do Rio Grande do Sul, de modo panorâmico e didático, através de cenas do romance construídas com registros de jornais da época, os quais teve o cuidado de consultar em arquivos e coleções de periódicos no Rio Grande do Sul, em São Paulo e na Alemanha.
Wagner Coriolano de Abreu é professor de literatura e pesquisador. Licenciado em Letras, com mestrado e doutorado em Teoria da Literatura, autor de Quando o teatro encena a cadeira (Unisinos, 2001) e Sempre aos pares (Carta Editora, 2012), leciona na Oficina de Literatura do Projeto Guardiões da Água (Secult/Semae), em São Leopoldo