Novos espaços de artes visuais em Porto Alegre em debate nesta terça-feira, 10
Foto: Braga
A Galeria Ecarta promove nesta terça-feira, 10, a partir das 19h, o terceiro de uma série de oito debates com a temática Precisamos falar do mercado de arte. O painel terá a participação da economista Maria Fernanda de Lima Santin, sócia da Galeria de Arte Contemporânea Clima, que recentemente abriu escritório na capital gaúcha, e Fábio Vieira de Oliveira, gestor da Galeria .ISTA.
Os desafios de abrir galerias de arte contemporânea no atual cenário econômico, a possibilidade da aquisição de obras como ativos financeiros e os espaços de artes visuais como agentes de produção cultural estão entre os temas a serem tratados com mediação do coordenador da Galeria Ecarta, André Venzon.
O painel transmissão ao vivo pela página da Fundação Ecarta no Facebook e pela plataforma Zoom.
Arte como investimento
Foto: Arquivo Pessoal
Mestre em Desenvolvimento Econômico com MBA em finanças, em gestão de negócios e especialização em melhoria de processos, experiência em docência e no mundo corporativo, Maria Fernanda aborda a economia da cultura e o mercado da arte como investimento. Ela discorre também sobre o trabalho de formação da sociedade para reconhecer a arte contemporânea como ativo que se rentabiliza ao longo do tempo e a organização dos artistas para aumentar a projeção do seu trabalho.
Temas como selecionar o portfólio, quais artistas conversam com a linha curatorial, como os leilões atrapalham a dinâmica das galerias e de que forma esse recurso pode complementar o trabalho dos espaços de exposição são aspectos que devem integrar a abordagem de Maria Fernanda. Ela tratará ainda sobre a Lei de Incentivo à Cultura. “Muitos empresários não sabem que pode utilizar o abatimento do ICMS para promover projetos culturais”, destaca.
Público mais próximo
Foto: Arquivo Pessoal
Aproximar o público das galerias de arte contemporânea é uma das abordagens do gestor da Galeria .ISTA, inaugurada em outubro do ano passado em Porto Alegre e instalada em um galpão com o intuito de mudar a relação com a comunidade. Fábio de Oliveira observa que o novo espaço busca complementar o sistema de artes e a oferta de exibição de obras e artistas, em um momento em que outros espaços experimentais na capital fecharam sua portas.
Formado em comunicação social, com cursos de extensão em artes visuais e estudos em Londres e Nova Iorque, desde 2017 o Fábio também organiza a Feira DADA, que ao longo das 10 edições já realizadas vem visibilizando artistas locais e oferecendo obras por preços acessíveis.
Com diferentes participações em iniciativas artístico-culturais, o palestrante analisa o cenário atual observando duas perspectivas: “ao mesmo tempo em que há galerias com artistas comissionados, trajetórias consolidadas, direcionadas a um público mais especialista, há uma lacuna para novos artistas contemporâneos com trajetórias em ascensão”.
Os dois painelistas entendem que as galerias podem ampliar sua dimensão para atuar na produção cultural, fomentando o mercado da arte, valorizando os artistas e interagindo com a comunidade.