Livro comemorativo ao centenário de Paulo Freire será lançado no dia 25
Foto: Divulgação
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A obra traz no capítulo de abertura uma entrevista inédita com a professora Ana Maria Araújo Freire, também conhecida como Nita Freire, esposa e sucessora legal do educador. Além da entrevista, Nita assina um texto no qual fala sobre a importância do livro Pedagogia do Oprimido, contextualizando o período em que este foi escrito, sua atualidade e a necessidade de se evitarem alterações ou interferências nesta que é considerada uma obra clássica de Freire.
Ao todo, são 22 textos assinados por 27 pesquisadores e intelectuais da educação do Brasil e do exterior que se dedicam a estudar a vida e a obra do Patrono da Educação Brasileira. São artigos acadêmicos, relatos pessoais e cartas pedagógicas que dialogam com o professor, com sua prática e produção intelectual. A carta-prefácio é assinada por Balduino Antonio Andreola, professor emérito da Ufrgs.
Registro histórico e homenagem
“Trata-se de um registro histórico pensado para homenagear Paulo Freire e para marcar duas importantes datas: seu centenário de nascimento, comemorado no dia 19 de setembro de 2021, com diversas programações que vêm se estendendo desde então; e os 25 anos de sua morte, data a ser lembrada no próximo dia 2 de maio, destaca Goldschmidt.
“O livro traz artigos de amigos e intelectuais que conviveram e/ou trabalharam com Freire em diferentes momentos de sua vida, a exemplo de Carlos Rodrigues Brandão, Oscar Jara, Maria Salete Van der Poel e Gaudêncio Frigotto; além de contemplar importantes nomes que se dedicam à educação em diferentes níveis de aprendizagem e que encontraram na pedadogia freireana os fundamentos para as suas práticas educativas”, afirma Goldschmidt.
Sobre as comemorações do centenário de nascimento de Freire iniciadas em 2021, Liana Borges lembra que o Patrono da Educação Brasileira, também conhecido como Andarilho do Mundo, ou o “menino conectivo”, como ele mesmo se autodenominava, foi homenageado para além das fronteiras do país onde nasceu.
“Temos notícias que os festejos se espraiaram pelos cinco continentes, seja em lives, oficinas, debates ou seminários, juntando freirianas e freirianos em torno de seu pensamento e de sua práxis. Inúmeras publicações em distintas línguas também foram lançadas”, conta.
“Nesse contexto, decidimos contribuir com esta obra e, para isso, chamamos educadoras e educadores que representam movimentos sociais e universidades e de fora, tomando o cuidado para que estes nomes também representassem as cinco regiões do Brasil, contribuindo com reflexões sobre os mais diversos temas que têm Paulo Freire como mestre. Paulo dizia: ‘Não me copiem, me recriem’. E assim fizemos!”.
A obra teve o apoio do Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS), da Editora Diálogo Freiriano, da Rede Internacional Café com Paulo Freire e da deputada federal Maria do Rosário (PT).
Autores e autoras: Ana Maria Araújo Freire, Alessandro Augusto de Azevêdo, Camila Moreira e Wellington Pedro da Silva, Carlos Rodrigues Brandão, Claudia Borges Costa e Mad Ana Desirée Ribeiro de Castro, Cristiano Goldschmidt, Edite Maria da Silva de Faria e Kátia Simone Filardi Melo, Fabiola Andrade Pereira e Severino Bezerra da Silva, Fernanda Lopes Kunzler, Gaudêncio Frigotto, João Colares da Mota Neto, Leôncio Soares, Liana Borges, Maria do Rosário, Maria Aparecida Rezende, Maria Salete Van der Poel, Marinaide Freitas e Andresso Torres, Oscar Jara Holliday, Raimunda de Oliveira Silva e Marleide Barbosa de Sousa Rios, Renato Pontes Costa, Wagner Roberto do Amaral.