Filme O Complô tem pré-lançamento nesta quinta, 15, em Porto Alegre
Foto: reprodução YouTube
A gestão da dívida pública federal é o tema central do curta-metragem O Complô, que ganha sessão de pré-lançamento no auditório José Fraga Fachel, da Adufrgs-Sindical (Rua Barão do Amazonas, 1581 – Porto Alegre), na quinta-feira, 15 de setembro, às 19h, com apoio de diversas entidades e sindicatos. A atividade é voltada para convidados – imprensa, críticos de cinema e entidades sindicais apoiadoras, devido à lotação do auditório, que é de 120 pessoas.
O filme é baseado no livro O complô – Como o sistema financeiro e seus agentes políticos sequestraram a economia brasileira” (Verbena Editora; 280p., 2017), do ex-deputado Hermes Zaneti.
A exibição será seguida de debate, com a participação de Zaneti, do diretor, do economista Carlos Paiva e do sociólogo Renato Oliveira, ex-presidente da Adufrgs-Sindical. O também ex-presidente da entidade e secretário do Proifes-Federação, Lúcio Vieira, será o mediador.
A dívida pública
Tanto o livro quanto o curta buscam traduzir as medidas aplicadas pelos governos para garantir a essa camada de rentistas os ganhos muito acima da média, com os juros mais altos, em relação aos tradicionais aplicados pelo mercado financeiro, pagos pelos títulos públicos federais.
“A dívida pública do Brasil, hoje, é de R$ 7, 3 trilhões, quando contempladas as operações compromissadas do Banco Central. Essa dívida amordaça toda a questão do desenvolvimento do Brasil”, pontua Zanetti.
Foto: divulgação
Segundo os produtores do filme, o Complô traz ao centro do debate a gestão da dívida pública federal, uma discussão pouco tratada na sociedade brasileira e naturalizada como um problema técnico-econômico que deve ser gerenciado de maneira responsável.
Mas destacam, contudo, que a história da dívida pública tem raízes nos anos 1970 e 1980, quando passou pelos debates e envolveu tramas nos bastidores da Assembleia Nacional Constituinte.
“O que nós estamos querendo investigar é a origem dessa dívida pública. Quem e quando a contraiu, quanto foi o valor, quem representou os devedores, para onde foi o dinheiro?”, destaca Zanetti, em depoimento colhido para o curta.
“O filme é necessário porque nos ajuda a entender como essa máquina pública funciona a favor dos rentistas e como nós podemos, enquanto sociedade, nos unir para reverter a situação”, diz Luiz Alberto Cassol, em entrevista sobre o filme.
Com produção da Filmes de Junho, associada com a Abravídeo, o curta-metragem conta com narração da atriz Manuela do Monte e atuação do próprio Hermes Zaneti.