Festival Aquarela Preta descentraliza eventos culturais e promove representatividade

Foto: Douglas Glier Schütz
Foto: Douglas Glier Schütz
A primeira edição do Festival Aquarela Preta, promovido pelo coletivo Poetas Vivos, potencializou o alcance da cultura hip-hop no último sábado, 15 de abril. O evento, que ocorreu no Galpão Cultural, na zona Leste de Porto Alegre, contou com apresentações de DJs, danças urbanas, grafite ao vivo, batalhas de rimas e de poesias (slam).
Pautado na representatividade preta, LGBTQIAP+ e periférica, o festival reuniu dezenas de pessoas, entre participantes e artistas que apresentaram a sua arte. Durante a abertura do evento, Mariana Marmontel, que faz parte do Poetas Vivos, ressaltou que um dos objetivos do evento foi potencializar pessoas que querem viver da arte.

Foto: Douglas Glier Schütz
“E não pede pra eu me acalmar, se tu me me enxerga como nega barraqueira. Eu rompo barreiras”, recita Mika na batalha de slam
Foto: Douglas Glier Schütz
Para a slammer, pessoa que participa das batalhas de poesias, Mikaela Coelho, a Mikaa, o Festival Aquarela Preta é uma oportunidade para as crianças se inspirarem, construírem personalidade e se entenderem dentro da sociedade.
A artista, que conhece o slam desde 2016, conta que foi por meio desta vertente do hip-hop que conquistou sua independência e que é possível viver por meio da arte.
A coordenadora do Galpão Cultural, Negra Jaque, explica que essas iniciativas são fundamentais para incentivar novos artistas e a autoestima das novas gerações.
“Aqui estamos promovendo a arte acessível. Quando trazemos o hip-hop de volta pra periferia, a gente está marcando resistência, promovendo um legado da cultura do próximo tempo, um legado da arte”, conclui.