Festival de Percussão reúne mestres e tambores em oficinas na Ecarta
Foto: Acervo Pessoal
A programação do 1º Festival de Percussão Ecarta Musical reúne, em dois sábados, dias 21 e 28 de outubro, alguns dos mais cultuados percussionistas do estado, para oficinas e shows na Fundação Ecarta – João Pessoa, 943, Porto Alegre.
Fernando Sessé, Cândido de Castro, Pingo Borel e Fabiano Derbak irão mostrar ao público performances com Ilú, derbake, pandeiro e daf, alguns tipos de tambores que compõem a formação, integrando culturas do ocidente e do oriente.
“A proposta do festival é uma imersão sonora para apresentar a diversidade e a originalidade da música percussiva tocada no Rio Grande do Sul, com as influências de várias culturas”, adianta a coordenadora do projeto Ecarta Musical, Elenice Zaltron. Para participar das oficinas, não necessário ter experiência anterior com música ou percussão.
Oficinas
Dia 21 abre com ritmos árabes com Fabiano Derbak, às 10h30. Às 14h o workshop será de pandeiro moderno, com Fernando Sessé.
No dia 28, as aulas serão sobre percussão oriental, com Cândido de Castro, às 10h30, e tambores afro-gaúchos, com Pingo Borel, a partir das 14h.
As oficinas ocorrem em dois sábados, com um turno para cada oficineiro e o investimento é de R$ 80,00 para cada uma das oficinas.
Show de tambores
Foto: Gustavo Turk/ Divulgação
O 1º Festival de Percussão Ecarta Musical encerra com o show Tambores do Mundo na edição do projeto Ecarta Musical, no dia 28 de outubro, às 18h, com entrada franca.
Navegar por ritmos ancestrais e contemporâneos é a proposta do concerto de percussão formado pelos oficineiros do Festival Cândido de Castro, Fabiano Derbake, Fernando Sessé e Pingo Borel.
Juntos, eles trazem alguns dos seus tambores como derbake, darbuka, Ilú, hangdrum, daf, frame drum, udu e pandeiro.
A apresentação é um diálogo entre tambores das diversas culturas do Oriente ao Ocidente em que cada músico apresenta a singularidade rítmica e musical dos instrumentos para viajar pelo tempo ao som dos tambores.
TRAJETÓRIAS
Pingo Borel
Educador musical e social, percussionista, oficineiro especialista na construção de tambores e nos cultos e toques dos ritmos africanos. Walter Mello Ferreira é filho de Mestre Borel, figura significativa na cultura negra do RS e do país, conhecido no meio artístico como Pingo Borel, um dos ícones culturais da comunidade Restinga. Como músico profissional, toca percussão, violão, cavaquinho, flauta doce e sax.
Fernando Sessé
Foto: Brenno Di Nápoli/ Divulgação
Natural de Porto Alegre, começou a tocar bateria aos 12 anos. Estudou no Rio de Janeiro com Robertinho Silva e Marcos Suzano; e na Escola de Música Villa-Lobos. Em 2002 iniciou sua carreira no sul tocando e gravando com Adriana Deffenti, Marisa Rotemberg, Gisele de Santi, Mário Falcão, Caio Martinez, Nei Lisboa, Tati Portella, Elias Barboza, entre outros. Em 2014 lançou seu primeiro disco Em frente e, em 2017, Rio Comprido, com Silva. Seu estilo alia instrumentos eletrônicos e acústicos. Tem Bacharelado em Música Popular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Fabiano Tuerlinckx Daneris
Foto: Ilso Bolzan/ Divulgação
Músico percussionista, iniciou sua carreira no grupo de flamenco Alumbra España, em 1996, onde foi responsável pelos arranjos de percussão. Em 1998 teve seu primeiro contato com a música oriental, vindo a se dedicar ao estudo dos ritmos e seus instrumentos característicos. Fundou o conjunto musical árabe Layalial Shark e lançou, em 2003, o CD Ritmos Alessandra Forte vol. 1.
Cândido de Castro
Músico autodidata, produtor e facilitador cultural, teve como mestre o percussionista Fernando do Ó. Atualmente trabalha em pesquisa e construção de instrumentos de percussão celta, oriental e persa. É criador dos projetos Tambor Falante, no qual ensina música para jovens da periferia; do projeto Música na Quarentena – o Feminino e o Tambor, que ensina música oriental para um grupo de mulheres. Idealizador do Cult Circuito, projeto de valorização das artes de Viamão, recebeu o Prêmio Trajetórias Culturais no segmento música e o prêmio Ações Culturais nas Comunidades Cufa em 2021.