Corsetti realiza show adiado pela enchente com seu novo trabalho

Era para ter ocorrido no dia 4 de maio, mas Porto Alegre e todo o Rio Grande do Sul foram atravessados pela maior tragédia climática de sua história naquele fatídico sábado. Ficou para depois. No espetáculo que finalmente será apresentado  neste sábado, 5 de julho, às 18 horas, na Fundação Ecarta, Marcelo Corsetti adiantará parte do repertório de Phyra nome do próximo trabalho em disco do artista, que é resultado da busca por novas sonoridades e uma síntese entre o jazz e a música gaúcha. A entrada é franca e haverá transmissão pelo You Tube.

O músico tem 35 anos de carreira e 15 discos gravados. Para o novo trabalho iniciado no ano passado, alterou a formação de sua banda para buscar novas sonoridades e aprofundar a busca por uma síntese do jazz com a música gaúcha. Conforme o próprio artista, o novo som vem da inspiração em mesclar  Pat Metheny com Renato Borghetti, Diana Krall com Bebeto Alves entre outras fusões. O 16º álbum deve ser lançado para o final de 2024.”Se tudo der certo”, diz Corsetti.

“Vai ser um show bem bonito e a turma que vai estar comigo ali é a mesma do disco”, conta Marcelo. O guitarrista estará acompanhado de Dani Vargas na bateria, Cristiano Ludwig no saxofone e Mateus Albornoz no contrabaixo. “Vai ter de tudo um pouco, desde músicas novas a temas dos discos anteriores, inclusive do primeiro, em vinil”.

Para o repertório do espetáculo, Corsetti selecionou as músicas Tapajós, Kaynakani, Na viola do Teteco, Taí Éleéfe, Como diria Luis(z), Na cancha reta de giruá, Florinha, A corrida de Zirbo Garve, Big Lark  e Dark Brown, Um sol na casa de tia Beth e tio Juca, Ah esse alegre, O levante dos Salgado, entre outras.

O músico, apesar da cátrastrofe no estado, em que atuou como voluntário em um dos abrigos, está otimista para o ano. “Temos boas perspectivas, mais não posso dizer porque ainda tem muita coiusa para ser confirmada”.

Marcelo Corsetti é guitarrista, produtor, proprietário do estúdio Tec Áudio e no último ano lançou o selo Muzikdomo dedicado a música instrumental o RS. O trabalho no estúdio também está sendo retomado, pois foi duramente afetado pela enchente.

Nascido em Santa Rosa em 1968, começou sua carreira em 1989 tocando com Luis Carlos Borges. Já em 1992 lançou seu primeiro disco que comemora 30 anos em 2022. Está terminando seu décimo quinto trabalho Kaynakani a ser lançado em novembro.

Atua também como produtor tendo feito todos os trabalhos de Bebeto Alves desde 2004 participando ativamente da criação e execuçao do projeto Blackbaguanegovéio, um coletivo que redimensionou e criou uma sonoridade totalmente particular para a milonga. Produziu também trabalhos de Adriana Deffenti, Mônica Tomasi, Richard Serraria, Ballet Phoenix, Companhia Lumbra entre outros.

Ecarta Musical

O projeto Ecarta Musical foi instituído em 2005 pela Fundação Ecarta. Nesse período já realizou mais de 350 shows com uma grande variedade de artistas gaúchos, desde estreantes até músicos consagrados. Os espetáculos são selecionados por editais semestrais e os shows ocorrem aos sábados, quinzenalmente, às 18h, com entrada franca e transmissão ao vivo pelo canal do youtube.