Ricardo Silvestrin lança livro de poesias Irmão Robô
Fotos: Marco Nadeff/Divulgação
O livro Irmão Robô (Libretos, 2024, 104 p.), de Ricardo Silvestrin terá lançamento no dia 20 de julho, a partir das 17h, na Livraria Paralelo 30 (Rua Vieira de Castro, 48 – Farroupilha, Porto Alegre – RS), com bate-papo e sessão de autógrafos.
A obra expõe os impasses do tempo atual, em que nos equilibramos entre os conflitos do humano e a realidade paradoxal da alta tecnologia. O autor apresenta poemas de uma vida em movimento, como a sua própria criação poética, sempre propondo e apontando novos caminhos.
Com edição e design de Clô Barcellos, o livro tem capa de Léo Silvestrin, filho do autor, que ilustrou também o livro anterior de Ricardo, Carta aberta ao Demônio (Libretos, 2021).
Ricardo Silvestrin nasceu em Porto Alegre em 1963. Formou-se em Letras pela Ufrgs em 1985. Em 2020, recebeu o título de Mestre em Literatura, também pela Ufrgs, com a dissertação Manuel Bandeira, um poeta na fenda. Publicou até o momento 16 volumes de poesia.
A esse conjunto, agregam-se um romance, um volume de contos, dois livros de tradução, uma peça de teatro, uma produção de canções como compositor e vocalista, com dois CDs, um DVD e três álbuns virtuais, e mais oito livros de poesia para crianças.
Capa: Reprodução
Capa: Reprodução
Integra diversas antologias, como, por exemplo, Haicais Tropicais, editada pela Cia das Letras.
É citado em vários estudos, como o volume dedicado aos poetas que iniciaram a publicar a partir dos anos 1980 da coleção Roteiro da Poesia Brasileira, editora Global, que percorre a poesia do Brasil ao longo da história.
Leo Silvestrin é artista visual e ilustrador, formado em Artes Visuais na Ufrgs. Dirigiu e produziu o documentário Arte e Revolução: o exemplo dos Centros Populares de Cultura.
Confira um dos poemas da obra:
Automático
O corretor automático
me propõe outro texto
Tenta adivinhar,
Palavra por palavra,
o que penso.
Quando viro para o lado,
ele muda algum termo,
certo de que sabe mais
do que eu o que escrevo.
Se seguir sua recomendação,
se abdicar da autoria,
restará um relato,
ou seja o que for,
sobre o que pensa
o corretor.
Bárbara Neves é estagiária de jornalismo. Matéria elaborada com supervisão de Gilson Camargo.