Martin Sued & Orquestra Assintomática apresenta seu tango multicultural no CHC

Foto: João Corteza

Martín Sued,  está no bandoneón, na composição e arranjos, na orquestra estão o também argentino Ariel Rodriguez (piano e sintetizadores), o brasileiro Pedro Loch (guitarra eléctrica), a portuguesa Sandra Martins (violoncelo), o italiano Francesco Valente (contrabaixo) e o ucraniano Denys Stetsenko (violino).

Foto: João Corteza

Um grupo formado por artistas de diferentes nacionalidades, como Portugal, Brasil, Argentina, Itália e Uruguai é o próximo convidado do Sonoridades, dia 24 de novembro, um projeto do CHC Santa Casa e da Liga Produção Cultural, com curadoria de Arthur de Faria, Rafael Rubim, Dedé Ribeiro e Luiza Pires. Martín Sued & Orquestra Assintomática é um sexteto instrumental liderado pelo bandoneonista argentino Martín Sued, e foi criado durante o ano de 2020. O espetáculo terá interprete de libras e acessibilidade para deficientes visuais com audiodescrição simultânea (pede-se que este público chegue meia hora antes do início).

O grupo apresenta um repertório de composições originais para uma formação que inclui os instrumentos característicos de uma formação tradicional de tango, mas que utiliza essas raízes para ir além das fronteiras do gênero. O show, como os demais do projeto Sonoridades, tem entrada franca e os ingressos podem ser retirados na plataforma Sympla. Este projeto tem o financiamento da Lei de Incentivo à Cultura / Ministério da Cultura – Brasil Governo Federal.

O argentino Martin Sued, atualmente radicado em Portugal, lançou seu primeiro disco solo, Iralidad, em 2019, depois de trabalhar na Argentina com vários coletivos que foi formando, como Tatadios, Chiche Trío ou o duo Sued-Nikitoff. E da covid nasceu a Assintomática, uma orquestra “de voz universal com sotaque argentino”.

Martín explica como tudo começou: “Foi já no final de 2020, quando o confinamento começou a ser menos rígido, que aproveitei para convocar estes músicos a fim de criar um espaço de experimentação onde pudéssemos tocar a música que eu tinha composto durante o primeiro período da pandemia, no Algarve.” Foi, segundo ele, um encontro que teve mais a ver com a necessidade de partilhar coisas através da música, por uma necessidade humana mesmo, depois de todo aquele período difícil pelo qual haviam passado.

O álbum Igual Estamos Acá, que será mostrado no CHC Santa Casa, encerrando o lindo projeto Sonoridades 2024, é composto por oito temas: Hormiga, Agosto, La Montaña de Beacon, Membrillo – O que a Helena sonhou ontem, Filas, Migra, Insistir e o tema-título, Igual estamos acá. “Algumas são adaptações de músicas que eu já havia feito para outras formações, mas a maior parte delas são músicas feitas para esta formação, um sexteto de tango”, afirma Martín. “Só que a música que tocamos não é música de tango e sim uma música que muitas vezes tem a respiração e certas características de interpretação da música argentina”, complementa.

Isso tem também a ver com a própria formação da orquestra, onde com Martín Sued, no bandoneón, composição e arranjos, estão o também argentino Ariel Rodriguez (piano e sintetizadores), o brasileiro Pedro Loch (guitarra eléctrica), a portuguesa Sandra Martins (violoncelo), o italiano Francesco Valente (contrabaixo) e o ucraniano Denys Stetsenko (violino). “Podemos comparar o timbre de uma formação com o sotaque de uma pessoa”, diz Martín.

A preponderância ora do piano, ora das cordas ou bandoneón, torna cada instrumento um líder provisório do sexteto, e deriva desta mistura eclética em nacionalidades e estilos: “A ideia é que a protagonista seja a orquestra. Então, as cores, segundo a curva expressiva da música, permitem mostrar que cada instrumento pode desempenhar qualquer função”, reflete. A apresentação em Porto Alegre integra a turnê 2024 do grupo pelo Brasil e Argentina, com o apoio de Ibermúsicas.

Serviço:

Martín Sued & Orquestra Assintomática

24 de novembro às 17h

CHC Santa Casa – Av. Independência, 75
Ingressos gratuitos em sympla.com/chcsantacasa

Espetáculo com acessibilidade para PCDs (cadeirantes, obesos, deficientes visuais e deficientes auditivos)