Cesar Lattes, o físico brasileiro “tungado” no Prêmio Nobel ganha biografia
Foto: acervo da família
Foto: acervo da família
Qualquer pessoa que tenha o mínimo contato com o mundo acadêmico no Brasil e até fora do país conhece a Plataforma Lattes, criada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) para cadastrar nossos cientistas, pesquisadores e estudantes. No entanto, poucos sabem sobre o patrono da plataforma.
No ano do centenário de Cesare Mansueto Giulio Lattes, mais conhecido como César Lattes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, sem vetos, a lei 14.839/24, aprovada pela Câmara Federal e incluiu o nome do físico nascido em Curitiba em 11 de julho de 1924 no Livro dos Heróis da Pátria.
Lattes que, dos dois anos de idade aos seis teve passagem pelo Rio Grande do Sul, foi indicado sete vezes ao Nobel de Física e é, para muitos, considerado o vencedor moral do prêmio concedido em 1950 ao britânico Cecil Powell (1909-1969), coordenador da pesquisa que identificou os primeiros mésons-pi (partículas subatômicas).
Nada mal para quem, aos 23 anos de idade, estava em sua primeira experiência internacional e que, em seu auge, também na juventude, já tinha uma fama comparável a de uma estrela do cinema, como registrou à época um funcionário do consulado brasileiro em Los Angeles: “Os brasileiros mais conhecidos na Califórnia hoje são Carmen Miranda e Cesar Lattes”.
Nesta terça-feira, 10, uma biografia de fôlego é lançada pela Editora Record em São Paulo para registrar a vida do genial cientista brasileiro diagnosticado com transtorno bipolar e que escreveu seu nome na história da corrida nuclear, recebendo elogios de verdadeiras lendas da física, como o colega norte-americano Robert Oppenheimer (que desenvolveu a bomba atômica) e Niels Bohr, físico e filósofo dinamarquês.
O Extra Classe ouviu os jornalistas Marta Góes e Tato Coutinho, autores de Cesar Lattes – Uma vida: Visões do infinito, livro que conta com a organização da segunda filha do descobridor da importante partícula subatômica determinante para o desenvolvimento da energia nuclear, Maria Cristina Lattes Vezzani e do jornalista Jorge Luis Colombo, além da revisão técnica do doutor em História das Ciências, das Técnicas, e Epistemologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Heraclio Duarte Tavares.
Foto: Angelo Defanti
Extra Classe – Em síntese, se isto é possível, qual a importância de César Lattes para a ciência no Brasil?
Marta Góes – Na verdade, Lattes é importante para o Brasil. Porque ele não só emprestou seu prestígio internacional para alavancar a fundação de instituições de pesquisa no Brasil, que há muito vinham sendo reivindicadas e não se conseguia. Se não fosse o prestígio internacional dele, talvez se levasse mais uma década até se conseguir essas instituições que nós, inclusive, herdamos. Por exemplo, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que já era uma tentativa do almirante Álvaro Alberto, só passou a existir porque alguém foi consagrado fora. Acho que alguém que ajudou a institucionalizar a pesquisa no Brasil já diz qual é a sua importância, né?
Tato Coutinho – Tem uma historinha que é bastante significativa dessa importância e até bastante anterior a esse período que a Marta está contando. Depois que ele foi para Bristol e fez a sua contribuição decisiva na descoberta do méson-pi, ele ainda um garoto começou uma troca de cartas com os pares no Brasil que já pensavam na criação dessas instituições. Se a gente pensar nos jovens de 23 anos hoje, preocupados com, sei lá, um modelo de celular novo para seus estudos, na troca de correspondência do Lattes com o (José) Leite Lopes, que era o grande interlocutor dele na época, ele estava discutindo que modelo de acelerador o Brasil precisaria quando avançasse em suas pesquisas. Ele já estava discutindo isso. Como é que a gente vai embarcar e construir um eventual acelerador de partículas que, àquela altura, parecia o futuro das pesquisas sobre a estrutura da matéria.
EC – Um visionário?
Coutinho – Foi assim desde cedo e, depois com sucesso, quando ele voltou ao Brasil, se envolveu de maneira talvez mais adulta, enfim, no pensamento e na construção dessas instituições que envolviam muito mais do que um acelerador de partículas, que pode parecer a parte mais difícil e, em certa medida foi, na trajetória do Lattes. Ele estava pensando em construir uma estrutura que, no Brasil, parecia inviável. Então, essa plataforma de interlocução e de intercâmbio do trabalho de muitos pesquisadores ao longo da história da construção da pesquisa científica no Brasil, isso tem muito a ver com o Lattes. A importância dele foi não só prática, de alguém que se envolveu com a mão nos livros e nos equipamentos e nas ferramentas, mas também nesse pensamento de projetar alguma coisa mais etérea, digamos.
EC – Lattes foi para o Rio Grande do Sul com dois anos de idade, com a transferência do pai para a gerência do Banco Francês – Italiano. A família teve uma passagem rápida por Caxias do Sul, até se fixar em Porto Alegre. Aí veio a Revolução de 1930 e, aos seis anos, o livro dá conta de que começa a ter um leve tumulto na vida da criança que se tornaria um dos físicos decisivos na corrida nuclear. Levando em conta que os primeiros anos da infância são marcantes, o que podem me falar deste período na vida do seu biografado?
Marta – Ele foi seguindo a família pelos postos de trabalho do pai. O pai era transferido pelo banco para diversas cidades e os filhos pequenininhos iam atrás. Então, era uma vida meio saltimbanco, assim. Dá para notar a preocupação da família com a educação dos meninos, porque tanto em Curitiba quanto em Porto Alegre, eles foram matriculados em grandes escolas. Em Porto Alegre, no Instituto Ítalo Brasileiro Augusto Menegatti, que era para filhos de imigrantes italianos. Em Curitiba, estudaram em uma escola que tinha uma proposta de educação moderna, com menos grego, menos latim, que tinha música e mais matemática. Pelo que nós ouvimos, o Lattes já era um garotinho prodígio. Há um depoimento sobre isso, de uma centenária curitibana contemporânea dele. Ele negava isso, dizia que ele foi um garoto normal, como os outros, que até não gostava de estudar; que estudava porque o pai exigia.
Coutinho – A partir da chegada a São Paulo, a gente tem a vida escolar dele mais rastreada, no Dante Alighieri. É lá que se tem as memórias mais claras dele. Ele falava de um professor muito estimulante que ele teve lá, de maneira até um pouco heterodoxa, que foi o Luís Borello. Teria sido esse professor que, de algum jeito, sinalizou ao diretor da escola para alertar os pais de Lattes que o aluno, mesmo sem notas brilhantes, tinha todo um modo de se relacionar com o ensino e com os professores que chamava a atenção e que eles achavam que tinha ali alguma coisa de especial.
EC – Em 1947, na sua primeira experiência internacional e com apenas 23 anos de idade, Lattes integrou uma equipe da Universidade de Bristol, do Reino Unido, que identificou os primeiros mésons verdadeiros, os píons carregados. Apesar dele ter sido o principal pesquisador e primeiro autor do artigo que descreveu o méson pi, quem recebeu as glórias com o Nobel de Física em 1950 foi o coordenador do projeto, Cecil Powell. Como Lattes absorveu isto?
Marta – De imediato, porque ele estava num momento tão pleno com as descobertas, com o que ele estava fazendo, com a vida intensa nesses grandes centros, em Bristol, depois em Berkeley, ele não sofreu. Mas, ao longo da vida, ele fez vários comentários, supostamente brincalhões, que me falam que doeu. Porque uma coisa é, ele ver, por exemplo, o Yukawa (Hideki. Físico japonês.1907-1981) que fez a teoria do méson ganhar o Nobel por causa de uma confirmação dele antes. Outra coisa é o Powell ganhar o Nobel por uma descoberta que ele, Lattes, fez e que o colocou num lugar de muito anonimato. Ele não foi mencionado nessa premiação; não houve sequer um agradecimento formal a ele. Então, isso doeu. Várias vezes se referiu ao Powell, dizendo: “Me tungaram duas vezes”.
EC – Esse “duas vezes” é porque, ironicamente, Powel recebeu outro Nobel depois; também com base na descoberta de Lattes. Mas, as regras do Nobel da época, contemplava somente o pesquisador líder. Dentro das regras, mas injusto, não?
Marta – Sim. As pessoas que pesquisaram o prêmio da época verificaram que o Nobel seguiu seus trâmites normais. Para mim, o que ficou claro é que o Nobel é, como tudo no mundo. Corre sempre para os grandes centros. No mundo da ciência não é diferente; as verbas, os olhares. Lattes foi vítima dessa dinâmica do mundo. É difícil uma voz periférica se fazer ouvir. Fez muita falta a ele, esse Nobel. Fez falta ao Brasil. Ele, se fosse um Prêmio Nobel, teria aberto as portas que abriu com muito mais facilidade.
Coutinho – Eu não sei o quanto isso ajuda, mas o Lattes estava em boa companhia nessa condição de preterido. Na mesma equipe estava o físico italiano Giuseppe Occhialini, que já havia sido preterido em outros trabalhos também; ali, na época, com a participação que ele teve no laboratório do físico britânico (Patrick) Blackett. Então, acho que isso, de alguma maneira, ajudou a compreender isso que a Marta disse. Que tinha um funcionamento que independia do brilho das conquistas, que as escolhas eram feitas de acordo com padrões que funcionavam já há muito tempo e que, no fim, é isso. Eles não estariam preparados para a contribuição decisiva de um jovem do terceiro mundo. Isso foi, inclusive, mencionado ao longo do tempo em declarações em que eles até se divertiam com o fato de terem sido preteridos na escolha àquela altura. (Occhialini veio para o Brasil em 1937 para trabalhar na Universidade de São Paulo, onde deu início a um programa de pesquisas sobre raios cósmicos).
EC – Mas depois da descoberta do méson-pi, Lattes foi indicado sete vezes ao Nobel de Física e não levou, mesmo com elogios de verdadeiras lendas da física, como Robert Oppenheimer e Niels Bohr. Como se vê isso?
Marta – Não há, assim, um veredito objetivo. Mas, o que se sabe sobre a academia é que, como quem indica os candidatos são quem já foi uma vez premiado e os premiados tendem a vir de grandes centros, onde há mais verbas, mais pesquisas, o olhar deles alcança o seu próprio universo. Então, eles tendem a indicar pessoas do seu campo de visão. E, primeiro, o Lattes era muito jovem. Isso parece que contou. É aquela história do “ele está começando apenas”. Eu não sei se eles achavam arriscado apostar as fichas em alguém que poderia depois não responder as expectativas. Não sei. Então, primeiro era a juventude dele; ele tem tempo para ganhar. Depois, esse vício de origem, o de que os premiados indicam e a academia escolhe. Já tem um corte aí. Não há mais do que isso. Não se sabe.
Coutinho – É muito lateral, mas tem outra coisa que ilustra também os critérios de escolha. O nome do Lattes passou a circular entre um provável indicado a um prêmio Nobel depois do trabalho em Bristol, pela pesquisa que ele desenvolveu com Eugene Gardner, físico americano, na Universidade de Berkeley. Foi na produção artificial de mésons-pi. Na época, ele falou que eles não o premiariam porque o seu principal colega de pesquisas, que era o Gardner, faleceu ao longo do processo. Então, isso era também um impeditivo. A comissão não premiaria pesquisador falecido. Isso, de alguma maneira, também atrapalhou o Lattes nessa outra frente à época de um avanço importante da física.
EC – Em 1980, Lattes chocou a comunidade acadêmica ao publicar um artigo no Jornal do Brasil, em que chamava Albert Einstein de besta. A ideia era rejeitar a teoria da relatividade e propor outro modelo que chamou de simultaneidade. Anos depois, em 2005, atacou novamente o físico alemão. Disse: “Einstein era, na verdade, um copista”, em sua última entrevista à revista Superinteressante. Alguns dizem que ele queria apenas polemizar, outros, que ele “estava se perdendo”. Como foi isso?
Coutinho – Acho que esse momento diz mais respeito aos jornalistas da época do que ao próprio Lattes. Aceitaram com pouco respeito porque, claro, era um momento em que ele já havia atravessado crises mais importantes. Ele já havia sido internado algumas vezes, etc. Mas, para os físicos que acompanham e estudam essa questão complexa – o raciocínio do Lattes na crítica que fazia aos métodos que levaram Einstein a chegar à sua teoria da relatividade – ali, naquele período, não era um raciocínio descabido ou delirante. Nada disso. Agora, ele estava numa época em que, talvez, dê para se dizer que não tinha os equipamentos adequados e nem estivesse nas condições ideais para seguir a sua audácia de sempre; a audácia científica sempre muito pertinente. Enfim, ele foi vítima do preconceito que a condição dele impunha.
Marta – Ele tinha todo o direito de duvidar de uma afirmação do Einstein. Como disse o nosso revisor técnico, o Heráclito (Duarte Tavares) se é um dogma que não pode ser discutido, não é ciência, é religião. Lattes poderia, perfeitamente, ousar, mas escolheu um instrumento errado e estava abalado nessa época. Ele não percebeu que tinha entrado no caminho errado. Aí, como diz o Tato, já tinha fornecido essa matéria-prima do escândalo para a imprensa. Afinal, mexer com Einstein! Ele foi engolfado nessa coisa, nessa repercussão.
Foto: Acervo da família
Foto: Acervo da família
EC – Então, a biografia lança luzes também sobre a bipolaridade diagnosticada de Lattes e tem um capítulo que o define como um pai nada convencional. Pode me falar um pouco deste lado que ficou de fora de seus experimentos, se é que ficou?
Marta – Estava ali também, mas, onde a bipolaridade produziu mais impacto foi na esfera mais próxima dele. Me refiro às filhas, à instabilidade da vida junto a ele. Tem uma coisa que uma delas falou, que sabiam detectar pelo som dos passos dele quando ele ia entrar numa fase ruim. Elas estavam sempre alertas para como estaria o pai. Gerou muito sofrimento, embora fosse um pai muito amoroso, também. Tem uma carta dele à Maria Cristina, que foi introduzida no livro, que é um primor de delicadeza e de carinho. Você vê um pai amoroso que é o pai das horas boas, que é o pai que prevaleceu, mas que, em muitos momentos, fez elas vivenciarem com ele crises. Sobre o pouco convencional, com os pais separados, tinha aquela coisa do passeio com o pai e tem uma história da Maria Cristina que eu acho graça. Ela saiu com ele num domingo e queria assistir um filme que estava fazendo sucesso na época. Ele falou, não, vamos visitar um amigo. Um amigo pintor. Ela teve que posar durante horas; uma criança imobilizada ali posando para o pintor. Só que o pintor era o Portinari (Cândido. 1903 – 1962). Ele fez o retrato dela! Então, talvez pelo círculo dele, pelos amigos dele, ele fosse esse pai não convencional.
EC – E a história da fama de Lattes nos Estados Unidos? Tem uma engraçada que envolve o então vice-cônsul do Brasil em Los Angeles, Vinicius de Moraes, Millôr Fernandes e Carmen Miranda.
Marta – O Vinicius foi encarregado pelo Itamaraty para gravar uma entrevista com o jovem cientista brasileiro que brilhava no noticiário internacional e levou o Millôr, que se encontrava em Los Angeles. Ficaram amigos. O Lattes foi levado por eles à casa da Carmen Miranda; mergulharam na piscina dela e o Millôr fez uma referência de que o Lattes era um nadador muito mais veloz do que ele. Deveria ser um ambiente super brincalhão, né? O Lattes dizia também que eles jogaram cartas com a Carmen Miranda. Eram uns garotos, né? Estavam em torno de 25 anos, o Millôr e o Lattes. Eu não sei que idade tinha o Vinícius nessa época, mas era jovem também. Deveria ser divertidíssimo o convívio dos três. A descoberta do Lattes em Berkeley, para produzir mésons-pi em laboratório, foi muito divulgada. Até por razões de justificar a verba gasta na pesquisa. Então, o Lattes apareceu nas principais publicações. Não apenas científicas, mas no New York Times, na Life, nas revistas mais lidas da época. Por isso que um funcionário do consulado falou de que ele e a Carmen Miranda eram os brasileiros mais famosos lá.
Coutinho – No Brasil, o Lattes se referiu a esse período de cobertura da imprensa americana na época como um Carnaval. Ele usou o termo Carnaval mesmo e, não por acaso, ele acabou se tornando indiretamente, em 1947, enredo de escola de samba, a Mangueira. Ele foi parar na genialidade do Carlos Cachaça e do Cartola em um samba enredo (Ciência e Arte, regravado por Gilberto Gil no álbum Quanta Live). Isso é muito representativo desse alcance da figura do Lattes que foi desde as revistas e jornais americanos ao universo da avenida, no Carnaval. Demonstra o alcance da figura, da representatividade que Lattes teve naquele momento para o Brasil, que era um país que tinha um projeto de crescimento, de modernização e de busca de personagens centrais que representasse a sua diversidade, a sua inteligência e a sua genialidade. Ele vai de uma discussão para a indicação ao Prêmio Nobel da Física, que é um dos prêmios mais importantes de uma área muito especializada, ao enredo de uma escola de samba no Rio de Janeiro, que, talvez, até hoje, tenha comparativamente, a importância do Prêmio Nobel (risos). Então, de fato, ele foi um dos brasileiros mais importantes do seu tempo.
Foto: Divulgação/Editora Record Foto: Divulgação/Editora Record
Coutinho – Por outro lado, Gilberto Freyre, que tinha uma coluna na revista O Cruzeiro, na época em que O Cruzeiro era o grande veículo de comunicação, com a circulação de um milhão de exemplares, no começo dos anos 60, já um pouco no começo da terceira fase do Lattes, o coloca ao lado do (Manuel) Bandeira, do (Carlos) Drummond e do (diplomata) Gilberto Amado como brasileiros que não receberam a admiração que eles deveriam receber pela obra que eles fizeram, pela postura, a existência e a correção que eles tiveram no desenvolvimento do seu trabalho e na representação do Brasil.
EC – Para finalizar, pode discorrer um pouco mais sobre o dito por Gilberto Freyre em O Cruzeiro?
Coutinho – Ele fala até que, em vez de receber dos brasileiros a admiração, eles receberam até um pouco de mesquinharia e de perfídia. Foi um pouco desse contexto que se criou em torno do Lattes, dessa figura muito complexa e muito admirável que ninguém até hoje compreendeu na sua dimensão. Eu acho que o trabalho científico dele está muito bem mapeado, muito bem estudado, muito bem criticado pelos artigos que foram feitos inclusive pela comunidade científica e pesquisadores brasileiros. Mas, tem esse outro lado muito complexo, muito vivo e muito representativo dele que merece uma admiração que até hoje não veio e, talvez, venha nos próximos cem anos. Creio que, com essa biografia, de algum jeito, a gente está dando um pontapé inicial para o próximo centenário.
Serviço
CESAR LATTES – UMA VIDA: VISÕES DO INFINITO
Marta Góes e Tato Coutinho, com organização de Jorge Luiz Colombo e Maria Cristina Lattes Vezzani
Revisão técnica de Heráclio Duarte Tavares
320 págs. | R$ 109,90
Ed. Record | Grupo Editorial Record