CULTURA

Coletiva de dez artistas encerra temporada de 14 exposições do ano da Galeria Ecarta

A mostra ‘Observar é crer; pintar é crer duas vezes’ presta homenagem a Gelson Radaelli (in memorian). No Projeto Potência a série de pinturas de ‘Sempre venho, talvez, daquele outro porto’
Da Redação / Publicado em 4 de dezembro de 2024
Coletiva de dez artistas encerra temporada de 14 exposições do ano da Galeria Ecarta

Fotos: Divulgação

“As exposições promovem o encontro de diferentes gerações e permite um diálogo intertemporal que enriquece as narrativas propostas”, pontua o coordenador da Galeria Ecarta, André Venzon.

Fotos: Divulgação

A Galeria Ecarta encerra a temporada 2024 com duas exposições reunindo 10 artistas, combinando uma homenagem ao artista Gelson Radaelli (in memorian) e a arte jovem de Pamela Zorn, no Projeto Potência. A exposição coletiva reúne obras de Radaelli, Eduardo Haesbaert, Frantz, Guilherme Dable, Lilian Maus, Maria Tomaselli, Marilice Corona, Nelson Wilbert e Ubiratã Braga, com obras do acervo de Bolsa de Arte e Ocre Galeria, unindo e multiplicando a reflexão sobre a linguagem da pintura e seus desdobramentos na mostra Observar é crer; pintar é crer duas vezes.

“É uma forma de valorizar, através do sentido coletivo, o legado de um artista”, observa o curador Nicolas Beidacki. Cerca de 20 obras em pintura, suportes variados, desde pintura em tela até pintura instalativa com distintas técnicas, como acrílica, óleo, aquarela fazem parte da série que homenageia Gelson Radaelli, falecido em 2020, aos 60 anos.

Encontro de gerações

Na sala do Projeto Potência, Pamela Zorn apresenta pinturas e livro de artista na mostra Sempre venho, talvez, daquele outro porto, da série de exposições selecionadas por edital neste espaço dedicado a jovens artistas.

“As exposições promovem o encontro de diferentes gerações e permite um diálogo intertemporal que enriquece as narrativas propostas. Artistas mais jovens trazem novas interpretações e abordagens, enquanto artistas mais experientes oferecem uma visão histórica que contribui para uma compreensão mais profunda no campo da pintura contemporânea”, pontua o coordenador da Galeria Ecarta, André Venzon.

Mágica dos acasos

Esta exposição em tributo a Radaelli nasce de um encontro fortuito entre passado e presente numa reflexão sobre pintura, comunicação e literatura. Numa pesquisa pessoal, que envolve o estudo de cartas e diálogos entre artistas, o curador Nicolas Beidacki encontra, em seus livros da infância, o texto Cartas a Theo, uma obra que reúne cartas do pintor Van Gogh com reflexões sobre arte e vida.

O livro, adquirido em uma livraria de Porto Alegre há mais de uma década ainda na juventude do curador, estava assinado por Gelson Radaelli, com anotações e grifos do pintor gaúcho. “Uma espécie de mágica dos acasos. Ao buscar por questões próprias, encontrar o outro, o pensamento do outro guardado dentro de um livro. Radaelli descoberto entre a capa e a contracapa de Van Gogh”, concebe o curador. Assim, nesse pensamento de multiplicar o sentido das buscas e valorizar a sorte dos encontros, a Fundação Ecarta se soma ao projeto para receber esta coletiva em forma de homenagem.

Serviço

O quê: Abertura de duas exposições encerrando a temporada da Galeria Ecarta 2024
Data: 5 de dezembro, quinta-feira, 19h; Às 17h ocorre uma conversa com os artistas; Visitação até 5 de janeiro, de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada franca
Local: Fundação Ecarta – Avenida João Pessoa, 943 – Porto Alegre/RS
As trajetórias de todos os artistas estão disponíveis no site www.ecarta.org.br

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