Cai a média da taxa de desemprego de 8% para 7,7%
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Conforme divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira, 22, a taxa de desemprego no país caiu de 8% no segundo trimestre para 7,7% no terceiro trimestre deste ano. A queda do desemprego no estado de São Paulo puxou para baixo a média nacional. A taxa no estado recuou de 7,8% para 7,1% no período analisado. As informações constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
A pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy explica que a queda do desemprego no Brasil não foi um processo disseminado nos estados. A maior parte das unidades da Federação mostra tendência de redução na taxa de desocupação, mas apenas três estados registram queda estatisticamente significativa, principalmente por causa da redução da desocupação.
Segundo ela, São Paulo tem importância devido ao contingente do mercado de trabalho, o que influencia bastante a queda em nível nacional.
Além de São Paulo, apresentaram queda significativa na taxa de desemprego os estados do Maranhão (de 8,8% para 6,7%) e Acre (de 9,3% para 6,2%).
Em 23 unidades da Federação, a taxa manteve-se estatisticamente estável. Apenas em Roraima houve crescimento da taxa de desemprego,, ao passar de 5,1% para 7,6%.
No terceiro trimestre deste ano, as maiores taxas de desemprego foram observadas na Bahia (13,3%), em Pernambuco (13,2%) e no Amapá (12,6%). As menores taxas ficaram com os estados de Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,4%) e Santa Catarina (3,6%).
Na comparação por sexo, a taxa de desocupação no terceiro trimestre foi de 6,4% para os homens e de 9,3% para as mulheres. Em relação à cor ou raça, a taxa entre os brancos ficou em 5,9%, enquanto entre os pretos o indicador foi de 9,6% e entre os pardos, de 8,9%.
Considerando-se o nível de instrução, a maior taxa de desocupação ficou entre as pessoas com ensino médio incompleto (13,5%). Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,3%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,5%).
Desocupação recua nas faixas com maior tempo de procura na comparação anual
No terceiro trimestre de 2023, os contingentes das faixas com maior tempo de procura por trabalho mostraram reduções de 2022 para 2023. Apenas a faixa de que contempla pessoas que procuram trabalho há menos de um mês apresentou aumento 3,2% (acréscimo de 51 mil pessoas).
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE
No terceiro trimestre de 2023, havia 1,8 milhão de pessoas desocupadas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 28,2% frente ao terceiro trimestre de 2022, quando havia 2,6 milhões de pessoas nessa faixa. No entanto, em relação ao primeiro ano da série histórica, no terceiro trimestre de 2012, o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 26,8%.