Com a preocupação de atender aos interesses de todos os professores da rede particular de ensino, dirigentes e técnicos do Sindicato dos Professores Particulares do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) estão estudando um plano de complementação da aposentadoria para a categoria.
Ilustração de Ricardo Machado
A direção da entidade defende a manutenção e a melhoria da previdência pública, mas, para resguardar a renda da categoria, entende ser importante oferecer outras opções para garantir qualidade de vida após a aposentadoria. “O professor que recebe um salário de R$ 1.400,00, por exemplo, ao se aposentar pelo teto da previdência pública, tem seu salário rebaixado para R$ 957,56, que é o máximo pago”, explica a coordenadora da Secretaria de Políticas Sociais do Sinpro/RS, Soraya da Silveira Franke. A direção do Sinpro/RS está se antecipando a esta situação para evitar que aconteça com os professores da rede particular gaúcha o que já atinge grande parte dos trabalhadores brasileiros.
O projeto vem sendo analisado desde o ano passado e tem conquistado a simpatia da categoria. Várias empresas do sistema previdenciário privado já foram procuradas. “Estamos avaliando a empresa que tem maior solidez e liquidez”, expõe Soraya. De acordo com o projeto, o Sinpro/RS reunirá os professores interessados em grupos e agirá como um intermediário do processo. Cada professor, no entanto, teria um contrato individual com a empresa, com tempo e valor de contribuição específicos. “Com os professores organizados em grupo, o Sinpro/RS negociará, com a instituição financeira selecionada, taxas de administração mais baixas”, afirma Cecília Farias Bujes, coordenadora da secretaria de Assuntos Jurídicos do Sindicato. “Em alguns casos, elas podem sofrer uma redução de mais de 50%”, calcula. Além disso, pela legislação tributária, os valores descontados para a previdência privada são possíveis de dedução no Imposto de Renda, o que significa uma vantagem adicional.