EDUCAÇÃO

Reajuste da categoria será de 3,3%

Publicado em 25 de maio de 1999

Resultado das negociações foi considerado positivo pela diretoria do Sinpro/RS em

virtude da conjuntura econômica. O índice garantido para os professores das escolas particulares do estado supera a inflação acumulada de 1998, que é de 3,04%, segundo o INPC. Acordo foi assinado no último dia 4 de maio e já está valendo

 

Em assembléia geral realizada no último dia 24 de abril, os professores das escolas particulares do estado aprovaram o reajuste salarial de 3,3% proposto pelo sindicato patronal (Sinepe) para a Convenção Coletiva de Trabalho de 1999. O índice é superior à inflação de março de 1998 a fevereiro de 1999, de 3,04% medida pelo INPC da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

A proposta do Sinepe, apresentada na última rodada de negociações, não reduz as cláusulas sociais já conquistadas pela categoria. Entre as novidades bda Convenção está a formação de uma comissão paritária para discutir o calendário escolar; a regulamentação da hora trabalhada por ocasião de passeios e festividades e a comunicação às escolas por parte dos professores aposentandos (a partir do dia 1º de outubro/99), para usufruir direito à estabilidade. Os termos propostos pela última rodada de negociações também foram aceitos pelos diretores de escolas durante a assembléia promovida pelo Sinepe. O Acordo Coletivo foi assinado pelo Sinpro/RS e Sinepe/RS no dia 4 de maio.

Ao todo foram sete encontros entre representantes dos dois sindicatos, o primeiro no dia 19 de março. A proposta inicial apresentada pelos professores, conforme aprovação da pauta de negociações ocorrida em dezembro passado, previa reajuste de 5% nos salários, pagamento da Hora-Atividade, pagamento integral de um plano básico de saúde e melhoria da cláusula de aprimoramento acadêmico. Em contraproposta o sindicato patronal ofereceu um percentual inferior à inflação e redução de cláusulas sociais já conquistadas pela categoria.

“O Sinepe insistiu durante um mês inteiro no índice de 2% de reajuste salarial, além de manifestar a intenção de reduzir em até 50% o desconto nas mensalidades para dependentes de professores, além de pagamentos de taxas de consulta e hora-aula diferenciada para cursos de suplência. Tanto o índice e estas condições não seriam aceitas e eles sabiam disso. Infelizmente esta foi a causa da demora nas negociações”, diz o diretor do Sinpro/RS Marcos Fuhr. Para ele, a negociação foi atípica devido às questões ligadas à conjuntura econômica, como a desvalorização do real e a perda da filantropia por parte de vários estabelecimentos. “Esses problemas enfrentados pela sociedade refletem diretamente na clientela das escolas. Por isso nós também levamos isso em consideração. Nestas circunstâncias, o saldo é extremamente positivo”, acrescenta Amarildo Pedro Cenci, diretor do Sinpro/RS. Os sindicalistas salientaram a importância dos dados levados pelo Sindicato à mesa de negociação, referentes a estudos realizados nos últimos três anos sobre a relação entre o reajuste dos professores e as mensalidades. A diferença constatada foi de 13%, em prejuízo aos professores, entre anuidades e salários. Os diretores do Sinpro/RS também destacaram a importância das atividades paralelas que serviram de apoio à negociação, como a campanha Bote esta pilha. “Embora a remuneração da Hora-Atividade (períodom dedicado para preparação de provas e aulas) não tenha sido contemplada na proposta, permanece na nossa pauta de negociação para o próximo período”, destaca Cecília Bujes, diretora do Sindicato.

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