A equipe do OEI pode ser contactada por qualquer escola ou grupo de professores interessados
no curso pelos telefones: (51) 31.63352/6439/6441/6460 ou no endereço http://www.if.ufrgs.br/oei
Professores do Departamento de Astronomia da Ufrgs ensinam astrofísica aliando a sofisticação dos telescópios à utilização de materiais de uso cotidiano, ensinando os fenomenos da física a partir de experiências concretas.
O Observatório Educativo Itinerante (OEI) está completando um ano. O programa,
Foto:René Cabrales
iniciado em maio de 1999 por professores, pesquisadores e alunos de pós-graduação do Departamento de Astronomia da Ufrgs, tem levado cursos sobre Astronomia para professores do ensino hjmédio e fundamental de diversas cidades do interior. Nos encontros promovidos pelo OEI são discutidos temas recorrentes, como formação do sistema solar, leis físicas que regem o movimento dos planetas, estrelas, galáxias e o próprio universo. Cada curso tem a duração de 40 a 45 horas-aula e utiliza recursos didáticos variados, que vão de computadores e softwares de simulação, fitas de vídeo, experimentos e, o principal deles, a observação dos astros com o uso de binóculos e telescópios.
De acordo com o professor Horácio Dorotti, astrofísico e coordenador do programa, a intenção do curso tem sido oferecer condições técnicas e informação aos professores para que possam não apenas compreender os fenômenos e as leis físicas que os regem, como passar a seus alunos este conhecimento de forma simples, sempre utilizando-se de experiências concretas. “Todos os experimentos podem ser realizados com materiais encontrados no dia-a-dia”, explica Dorotti. Ele dá o exemplo de um compasso celeste, que utiliza objetos como um cabo de vassoura, um barbante e uma régua escolar. “O importante de tudo isso é que se desmistifica a impressão de complexidade que a maioria das pessoas nutre com relação aos temas que envolvem a astronomia. É impressionante o quanto os professores poderiam aproveitar muito mais os conhecimentos desta matéria para provar determinadas leis da física”, completa o também astrofísico e professor integrante do programa Basílio Santiago.
Já foram realizados seis cursos nas cidades de Gramado, São Gabriel, Caxias do Sul, Uruguaiana, Pelotas e Novo Hamburgo. Em cada local foi feita uma avaliação criteriosa pelos próprios participantes e o resultado foi considerado positivo pela equipe do OEI, que já prepara a sétima edição que ocorrerá neste mês, no município de Taquara. “É importante acompanhar os resultados que estes professores estão conseguindo em suas salas de aula, pois apostamos no efeito multiplicador. Cada um dos 25 ou 30 professores que fazem o curso vai passar adiante estas informações para um grande número de alunos”, justifica Basílio.
Além do material utilizado nos cursos, o Departamento de Astronomia da Ufrgs mantém um site específico para o Observatório Educativo Itinerante. Nele podem ser encontrados vários textos sobre astrofísica, uma grande quantidade de experimentos com explicações passo-a-passo, um histórico e os objetivos do OEI, além de links sobre o assunto.
A equipe do OEI pode ser contactada por qualquer escola ou grupo de professores interessados no curso pelos telefones (51) 316.3352/6439/6441/6460 ou no endereço www.if.ufrgs.br/oei
Construa um compasso celeste
Projeto para alunos com conhecimento de geometria e trigonometria básicas
Aprenda como construir um instrumento para medir ângulos entre dois objetos no céu.
Arquivo Extra Classe
Arquivo Extra Classe
A idéia é simples: dadas as direções de dois objetos no céu, queremos medir o ângulo entre elas com vértice em nós. Isso pode ser feito com um cabo de vassoura (de comprimento conhecido) a uma de cujas extremidades amarramos uma régua flexível. A régua tem que ser flexível o suficiente para que assuma a forma aproximada de um arco de círculo. Em geral isso pode ser feito amarrando um fio de nylon às duas extremidades da régua (pode-se fazer um furo em cada uma das duas extremidades da régua e fazer um nó em cada furo) e fazendo-o passar pela extremidade do cabo de vassoura oposta à própria régua. O conjunto no final tem que ter a forma de um arco circular (a régua) com raio dado pelo cabo de vassoura. O centro da régua tem que estar suficientemente preso a uma das extremidades do cabo para que não resvale na hora de se fazer uma medida. Além disso, para podermos medir ângulos dentro de um domínio razoavelmente grande, é importante que a régua tenha uns 50 cm, pelo menos.
Conselho Estadual de Educação elege novo presidente
0 Conselho Estadual de Educação terá eleições para escolher o seu novo presidente no dia 10 de maio. Os cargos de presidente e vice, que estavam ocupados por Líbia Aquino e Magda Pötten Dória, estão vagos desde 15 de abril. Com isso o segundo vice Dorival Fleck (representante do Sinepe) convocou novo pleito. Não se trata de outro mandato para a presidência. Os novos eleitos devem apenas terminar o atual que vai até dezembro, quando haverá nova eleição. A professora Antonieta Mariante, representante do Sinpro/RS no Conselho, estará concorrendo à presidência. De acordo com a Lei, dois terços do conselho é composto por membros indicados por entidades representativas da comunidade escolar, destes, quatro são indicação do Cpers /Sindicato. Como Líbia e Magda eram dois dos quatro representantes que o Cpers tem direito e a entidade está indicando dois novos nomes que deverão ser definidos no dia 12 deste mês, estabeleceu-se a vacância dos cargos. No último dia 19 assumiram os oito conselheiros para um mandato de dois anos, destes três foram reconduzidos e cinco foram nomeados.
O conselho é composto por 21 integrantes, destes, apenas sete são indicados pelo Governo do Estado, quatro pelo Cpers, dois pelo Sinpro/RS e dois pela ACPM. As demais entidades: Sinepe, Aesufope, Federapars, Famurs, Conseme e Uges têm direito a um representante cada. A partir deste ano a Apae também terá direito a uma indicação.
Os novos dirigentes do conselho deverão herdar o problema da falta de destinação de recursos, que por um erro de digitação acabou deixando a instituição sem receber a verba que estava prevista para este ano. Segundo o secretário geral do conselho, a situação já estaria contornada, uma vez o Executivo já se comprometeu em encaminhar uma suplementação ao que estava anteriormente previsto. “Foi apenas um erro burocrático”, diz o secrerário. Já conselheiro Marcos Julio Fuhr, indicado pelo Sinpro/RS se preocupa com a situação pois as atividades fiscalizatórias do CEE ficaram prejudicadas sem este dinheiro, que muitas vezes é utilizado para transporte, diária e estadias na visitação a estabelecimentos do interior.