Os professores da rede particular de ensino aprovaram, no dia 17 de junho, em assembléia geral, a proposta, apresentada pelo sindicato patronal, de 7,06% de reajuste salarial, a manutenção das cláusulas sociais de 99 e a instituição de uma comissão paritária para discutir a Hora-Atividade (trabalho extraclasse realizado na preparação de aula, correção de provas, elaboração de projetos, etc.) e outras cláusulas da pauta de reivindicações.
A decisão dos professores encerra a mais longa campanha salarial dos últimos anos, marcada por intensa polêmica a respeito das iniciativas judiciais da categoria referentes à Hora-Atividade. A data-base dos professores e funcionários da rede particular de ensino é 1º de março.
“O saldo de nossa campanha salarial foi positivo”, avalia Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS. “Somos uma das poucas categorias que conseguiu repor a inflação nos salários e preservar todas as conquistas sociais”. Fuhr diz que, com a continuidade das tratativas na comissão paritária ao longo do segundo semestre, os professores terão uma forma privilegiada para aprofundar as discussões sobre a Hora-Atividade.
Segundo os professores, o Sinepe usou o ajuizamento das ações da Hora-Atividade como empecilho às negociações da Convenção Coletiva deste ano. “Por fim, decidiu encaminhar nossa pauta de reivindicações à Justiça e condicionou um possível acordo à retirada das ações”, conta Cecília Bujes, diretora do Sinpro/RS. “Concordamos com a retirada das ações em troca de uma comissão para discutir sobre a remuneração do trabalho extraclasse”.
O Sinpro/RS e o Sinepe/RS devem assinar a Convenção Coletiva de Trabalho 2000 nos próximos dias. O reajuste salarial é retroativo a março.