EDUCAÇÃO

UNISINOS: comunidade universitária quer retomada do processo democrático

Publicado em 26 de setembro de 2001

A luta pela retomada de um processo democrático está em marcha na Unisinos. Desde a implantação do chamado Plano Estratégico pela Universidade, os professores viram diminuídos seus canais de participação e detectaram um recesso no processo sucessório da Universidade. Como conseqüência da extinção dos departamentos pelo Plano Estratégico, acabaram as eleições dos chefes de departamentos, que se davam a partir de listas tríplices ou integradas por até cinco nomes. Embora os docentes queiram discutir as propostas dos candidatos nesse processo sucessório, a verdade é que os candidatos não são conhecidos. Segundo Ângelo Dal Cin, diretor do Sinpro/RS e presidente da Adunisinos, “a idéia central é que uma instituição não pode falar em participação e exercício da cidadania se no âmbito da comunidade universitária tal experiência não é vivenciada”.

O diretor do Sinpro/RS assinala que houve um retrocesso o processo de indicação para os cargos de comando na Unisinos, com as novas direções voltando a ser indicadas de cima para baixo. Embora em reunião com o provincial, em junho, os professores tenham exposto sua posição quanto à tradição da Unisinos de consultas amplas à comunidade universitária (incluídos professores, funcionários e alunos), a resposta foi de que a decisão sobre a nova reitoria será tomada no segundo semestre de 2001 e que não havia nenhuma tratativa até então. “É preciso lembrar que a Unisinos, ao longo dos anos, formou diversos mestres e doutores, os quais hoje não tem mais direito de opinião sobre os rumos da instituição.” Dal Cin observa ainda que a Universidade é uma empresa que precisa de autorização do poder público para funcionar na qual deveria se estabelecer uma forma diferente de relação, mais democrática. “Precisamos de um processo decisório no qual as pessoas envolvidas deveriam vivenciar com mais intensidade.” A busca de uma retomada do processo democrático na Unisinos terá ações práticas. “Entre elas está prevista uma consulta interna para ouvir os professores a respeito da situação e da constituição hierárquica da instituição,” informa Ângelo Dal Cin.

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