Até o fechamento desta edição, professores e dirigentes patronais ainda não haviam chegado a um acordo com relação à reposição da inflação. Retomadas no início de março, já foram realizadas mais de dez reuniões de negociações salariais. Na busca de um acordo, professores e funcionários apresentaram diversas propostas de parcelamento da reposição da inflação do período – 17,66%. “Ao custo de perdas imediatas, as propostas evitariam o arrocho e as perdas salariais definitivas, garantindo a manutenção de salários dignos e boas condições de trabalho, elementos base do diferencial de qualidade do ensino privado”, observa Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS.
A resposta dos dirigentes patronais, segundo Fuhr, tem sido a reiteração de dificuldades para um acordo. “Enquanto uma boa parcela de representantes de estabelecimentos de ensino tem demonstrado interesse e esforço em encontrar uma saída para contemplar a reivindicação, outros em menor número têm refutado veemente a reposição da integralidade da inflação em nome de interesses específicos.
Em assembléia geral, ocorrida no dia 12 de abril, os professores ratificaram a reivindicação de reposição integral da inflação aos salários, autorizaram o Sinpro/RS a negociar com o Sinepe/RS o parcelamento do percentual de inflação. “Caso não ficar assegurada a reposição dos 17,66%, mesmo que parcelada, estaremos ajuizando o dissídio coletivo”, destaca Amarildo Cenci, diretor do Sinpro/RS.