EDUCAÇÃO

Diesat realiza pesquisa de saúde e ambiente de trabalho nas escolas

Publicado em 23 de setembro de 2008

A Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Rio Grande do Sul (Feteesul), em parceria com os sindicatos que representa, entre os quais o Sinpro/RS, encomendou ao Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat) uma pesquisa sobre a saúde dos professores e funcionários das instituições de ensino privado do estado. A sondagem terá três fases e será realizada de setembro a novembro deste ano.

O objetivo da sondagem é identificar a qualidade do ambiente de trabalho e mapear as doenças ocupacionais específicas dos educadores e demais profissionais da Educação Superior e do Ensino Básico. “Trata-se de uma pesquisa fundamental para colocar na ordem do dia a questão da saúde do professor e dos trabalhadores em Educação. Especialmente nesse momento em que se discute cada vez mais a qualidade do ensino e o peso da Educação no desenvolvimento do país”, ressalta Wilson Campos, psicólogo especialista em saúde coletiva e integrante do Conselho Científico do Diesat. Um cruzamento de estatísticas do INSS com outros levantamentos mostra que professores são a terceira categoria profissional em que mais ocorrem afastamentos do trabalho por doenças ocupacionais, depois dos trabalhadores da construção civil e dos bancários. Os problemas mais comuns são estresse, doenças da voz e coluna, varizes, lesões por esforço repetitivo.

“A proposta da pesquisa é avaliar cientificamente o que as entidades sindicais do setor já vêm constatando ao longo dos anos: o crescente adoecimento dos professores em virtude das jornadas de trabalho cada vez mais extensas”, aponta Cássio Bessa, coordenador-geral da Feteesul e diretor do Sinpro/RS. Depois de concluída, a sondagem irá subsidiar os sindicatos na implementação de políticas de prevenção junto às escolas e, inclusive, negociar cláusulas nas convenções coletivas de trabalho que protejam mais e garantam melhores condições de trabalho para os professores e funcionários, destaca o dirigente.

METODOLOGIA – A fase qualitativa da pesquisa será realizada nos meses de setembro e outubro e consiste em entrevistas abertas, por amostragem, com professores e funcionários de 46 instituições, em nove regiões do estado. Em novembro será desenvolvida a pesquisa quantitativa, com um número maior de instituições. A sondagem será por meio de questionários elaborados a partir dos resultados da primeira fase e que serão enviados aos professores e demais trabalhadores do setor pelos respectivos sindicatos.

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