Arte: D3 Comunicação
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Por pressão dessa oposição, rompeu-se em 1979 a tradição de negociação salarial sem con- ito, com a rejeição da proposta patronal em assembleia geral, que contou com a presença de 250 sócios. Estava na ordem do dia a reivindicação de recuperação de perdas salariais por conta dos expurgos in acionários.
Em 23 de julho de 1979, os professores oposicionistas obtiveram nova conquista. Aprovaram em assembleia a criação de uma Comissão Representativa que passaria a acompanhar as reuniões da diretoria do Sinpro/RS, então presidida pelo professor Mendes Gendelmann, com a direção do Sinepe/RS. Estava em negociação um abono emergencial de 30%. Nesse período, o governo federal propunha mudanças na CLT, o que também mobilizou a categoria.
ELEIÇÕES I – Nas eleições do Sindicato em 1980, a oposição se dividiu em duas chapas. Venceu a situação, que manteve as políticas da década anterior, com Gendelmann presidente. O trabalho de base teve prosseguimento. Em 17 de agosto de 1981, o Sinpro/RS elegeu delegados para a 1ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, a Conclat. O evento reuniu 5.030 delegados de todo o país em São Paulo. Foi a primeira grande reunião intersindical desde 1964. Desse encontro saiu a Comissão Pró-CUT. A linha assistencialista, bastante questionada, começa a se esgotar diante das realidades social e política. O grupo de oposição passou a intensi car a associação de professores ao Sindicato para participarem das assembleias na sala 400 do Colégio do Rosário, em Porto Alegre. Em 1981 esse movimento se fortalece ainda mais, conquistando 820 novos sócios.
ELEIÇÕES II − Em 1983 foi eleita em assembleia do Sindicato uma delegação para o Congresso de Fundação da CUT, em agosto, porém, sem indicativo de liação da entidade à Central. No mesmo ano, a oposição concorreu novamente nas eleições do Sindicato, desta vez uni cada, e reunindo professores do PT, PMDB, PDT e PCB. A chapa de situação venceu, porém, somente no segundo turno e com apenas 91 votos de vantagem.
LUTA − Em 1984, pela primeira vez, a categoria rejeitaria uma proposta patronal e o dissídio vai para julgamento na Justiça do Trabalho. Iniciaram-se mobilizações nas escolas por melhores salários. Os professores do Colégio Anchieta zeram um dia de paralisação em 19 de setembro, reivindicando reajuste salarial de 100% do INPC. A luta por melhoria salarial e por direitos passou a ser a tônica da luta dos professores durante toda a década de 1980.