Os professores do Uniasselvi enfrentaram no início deste ano diversas irregularidades trabalhistas e demissões. Desde que a instituição foi comprada pelo Grupo Kroton, os professores vêm sofrendo com irregularidades como o não pagamento do adicional de aprimoramento acadêmico, cálculo incorreto do pagamento de férias, turmas com número excessivo de alunos, inconformidades nos contracheques, convocação para atividades
não remuneradas e não homologação das rescisões contratuais. Em reunião de professores ocorrida em fevereiro, o Sinpro/RS foi informado da demissão de 28 docentes. No início de fevereiro, em ação ajuizada pelo Sindicato, a Justiça do Trabalho proferiu antecipação de tutela que garantiu a manutenção da carga horária dos atuais professores da Uniasselvi. A redução de carga horária não é permitida pela Convenção Coletiva de Trabalho, a não ser em casos específicos. “O que ocorre na Uniasselvi é mais um exemplo do descompromisso com a qualidade do ensino pelo setor mercantil do ensino privado“, destaca Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS. Relatos dos professores dão conta também de situações de sobrecarga de trabalho e desrespeito.
Após a decisão judicial mantendo a carga horária dos atuais professores, iniciou o processo de demissões e a contratação de novos sob nova designação (tutores), recebendo metade da remuneração dos demitidos, o que ensejou o ajuizamento de nova ação por parte do Sinpro/RS, pleiteando a equiparação salarial.