Negociações coletivas com as Ices são marcadas pelo discurso da crise
Foto: Igor Sperotto
Foto: Igor Sperotto
A terceira rodada da negociação salarial, realizada entre o Sinpro/RS e as Instituições Comunitárias de Educação Superior (Ices), em setembro, foi marcada por manifestações patronais sobre os problemas das Ices decorrentes da crise econômica, redução drástica das políticas públicas para o setor e, especialmente, pelas perspectivas negativas para o próximo período, em decorrência de poucos formandos no ensino médio em 2018. Os representantes do Sindicato dos Professores sustentaram a pauta de reivindicações da categoria e consideraram que a flexibilização de direitos trabalhistas não resolve o problema da falta de alunos nas Ices e que os ajustes institucionais já têm sido feitos pela via da demissão de professores. A próxima reunião de negociação será no dia 9 de outubro.
A intenção foi acordada com as instituições comunitárias ainda no 1º semestre deste ano e integra o Acordo Coletivo 2018/2019. “A motivação de negociar com antecedência à data-base segue sendo a defesa do patrimônio de direitos da categoria e a qualificação das condições contratuais dos professores, uma vez que precede a definição dos reajustes das mensalidades e do orçamento das instituições”, expõe Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS.
A decisão foi aprovada pelos docentes em assembleia realizada, no início de setembro, pelo Sinpro/RS. A pauta de reivindicações dos professores abrange a reposição da inflação do período, qualificação das relações de trabalho docente e a manutenção do patrimônio histórico de direitos.