EDUCAÇÃO

Maioria é a favor de educação sexual e política nas escolas

Eleitores evangélicos de Bolsonaro predominam entre os contrários às questões de gênero na educação e quanto menor a escolaridade maior o apoio ao Escola Sem Partido
Da Redação / Publicado em 7 de janeiro de 2019

Foto: Agência Brasil

Mulheres são maioria entre os que defendem a educação sexual nas escolas

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Nesta segunda-feira, 7 de janeiro, o instituto Datafolha divulgou resultado de pesquisa em que  71% da população defende discussões sobre política na escola e que 54% que são favoráveis à educação sexual. A pesquisa abordou os temas relacionados ao projeto de lei Escola sem Partido, arquivado na Câmara em dezembro, mas que deve ser retomado pelos deputados este ano. O Escola sem Partido é um dos principais temas dos discursos do presidente Jair Bolsonaro, dos seus filhos e apoiadores. Na sexta-feira, 4, ele reiterou que o país promove “doutrinação nas escolas e erotização das crianças”.

Conforme o Data-Folha, o apoio a discussões políticas em sala de aula cresce junto com o nível de escolaridade dos entrevistados: entre os que têm nível superior, 83% defendem o assunto. O percentual cai para 72% entre os que concluíram o ensino médio, e 62% dos que possuem nível fundamental. Entre os pesquisados, 20% apoiam totalmente, enquanto 28% discordam totalmente. Outros 8% não souberam ou não quiseram responder.

Já no tema ensino de educação sexual também é defendido entre os que têm maior escolaridade, mas em menor escala: entre os que têm nível superior 63% são favoráveis; enquanto ensino médio e fundamental representam 54% e 49%, respectivamente. Dos 54% favoráveis à educação sexual, 35% aprovam totalmente o ensino. Os que discordam totalmente também são 35%. As mulheres representam a maior parcela dos favoráveis: são 56% do total. Entre os que são contrários, 53% são evangélicos e 54% votaram em Bolsonaro.

As estatísticas fazem parte de uma pesquisa realizada nos dias 18 e 19 de dezembro com 2.077 pessoas. Dados divulgados no último sábado, também indicaram que a maioria da população é contrária à política de privatizações e redução das leis trabalhistas.

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